O argentino Sergio Agüero está diante de uma grande oportunidade. Um dos grandes destaques do Atlético de Madri, o atacante, que deu mais velocidade e qualidade para a Argentina depois de entrar em campo diante da Coreia do Sul, pode ser titular no jogo contra a Grécia, no encerramento do Grupo B da Copa do Mundo da FIFA.

Horas antes da grande partida, Kun, como é conhecido, artilheiro da seleção alviceleste nas eliminatórias, falou com a FIFA sobre o atual momento, a disputa por posição dentro da seleção argentina e a relação com o técnico Diego Maradona, que não é apenas treinador do selecionado, como também o seu sogro.

Sergio, a seleção argentina conta com excelentes jogadores da metade do campo para a frente, muito respeitados nos melhores clubes da Europa. Como é a convivência de vocês no grupo?
É verdade, todos os jogadores desta equipe são importantes nos seus clubes, mas aqui é tudo diferente. Quando se está na seleção, todos assumem a mesma relevância. É algo positivo, porque ninguém sente que está com toda a responsabilidade sobre os ombros, pelo contrário. É questão de aproveitar os grandes jogadores que temos e fazer o melhor em campo. Por enquanto está tudo bem.

A equipe está rendendo muito bem. Qual é a motivação?
Há um pouco de tudo. Diego e a sua presença, a camisa em si… no meu caso, tive a sorte de render bem tanto no Mundial Sub-20 quanto nos Jogos Olímpicos. Sempre dou o melhor que tenho, como quando entrei nos últimos minutos contra a Coreia do Sul. Felizmente, a equipe jogou bem e marcou dois gols rapidamente, o que nos acalmou. Agora temos que seguir no mesmo caminho e dar tudo contra a Grécia.

As dúvidas das eliminatórias parecem ter ficado para trás e a equipe está se mostrando sólida. Concorda?
Sim, mas acho que podemos melhorar ainda mais com o decorrer dos jogos. Contra a Coreia do Sul, jogamos melhor do que na estreia, e isso nos ajudou a ganhar ainda mais respeito, o que ajuda a enfrentar a Grécia com mais confiança. Sei que faremos uma boa partida e que encararemos com tranquilidade a próxima rodada. A Argentina voltará mais forte para o mata-mata.

Muita gente se pergunta sobre como é a sua relação com Diego Maradona, que é seu sogro além de ser o seu treinador. Como você lida com esse aspecto?
Para mim, Diego é o técnico, que respeito como todos os meus companheiros. Fora daqui somos família, claro: é o meu sogro e o trato como tal. Nos damos muito bem! Mas, uma vez que estamos com a seleção, cada um sabe o papel que ocupa: sou um jogador e ele é o treinador. Quando eu jogo, faço isso pela Argentina e pela camisa. Se puder ajudá-lo, ainda melhor.

Falemos da Grécia, um país apaixonado pelo futebol e que soube ganhar uma Eurocopa contra todos os prognósticos. Que tipo de partida vocês esperam?
É uma equipe com jogadores muito bons, que podem complicar a partida. Mas temos que nos manter como agora. Pessoalmente, já enfrentei o (Sotirios) Kyrgiakos quando jogamos contra o Liverpool e também os atletas do Panathinaikos. Conhecemos os gregos bem e sabemos como jogar. Será importante definir tudo o quanto antes.

FONTE: FIFA