O pesquisador José Alexandre Filezola detalhou à Sagres 730 nesta quinta-feira (17), o estudo realizado pela Universidade Católica de Goiás (UFG), sobre a taxa de transmissão da covid-19. De acordo com o pesquisador, em setembro a taxa de infecção (Re) estava abaixo de 1,0, mas os dados indicam a aceleração de novos casos a partir de outubro.

“O que conseguimos fazer é uma alerta precoce que estamos observando uma aceleração do número de casos”, disse. “O impacto em número de óbitos só vai acontecer a 40 dias, porque tem muitas pessoas assintomáticas, ou sintomas leves, outro se agrava e assim começa a observar o pico. Para que isso realmente apareça, demora muito tempo, por isso fazemos o alerta precoce, e por isso fazer essas estimativas do Re”, completou.

José Alexandre Filezola destacou que a queda contínua do número de transmissões do vírus, observada em junho, tinha relação com a quarentena e as medidas de segurança. “Quando implementou a quarentena, o Re que era alto diminuiu, depois gradualmente começou a subir a medida que o índice de isolamento começou a subir. O que observamos é que as medidas começaram fazer efeito. E a partir de outubro e novembro, observamos as pessoas mais próximas, relaxadas com as medidas de segurança e o que podemos ver é a taxa de transmissão aumentando”.

Diante do atual cenário, o pesquisador apontou que as medidas para conter o segundo avanço da pandemia de covid-19 no Estado devem permanecer as mesmas. “Nós observamos o pessoal das secretarias de Saúde trabalhando, estão preocupados e tentando manter os protocolos. Mas é questão também da sociedade entender o que está acontecendo”, afirmou.