No Brasil, a população está teoricamente comprometida com a sustentabilidade, segundo pesquisa da Descarbonize Soluções que revelou que 66% dos brasileiros se sentem engajados com ações sustentáveis. Foram entrevistadas 500 pessoas de todas as regiões do país, abrangendo diversas idades e classes sociais, entre os dias 3 e 6 de junho de 2024, através de uma plataforma online.

Fonte: Descarbonize Soluções

Entre as ações sustentáveis mais praticadas estão:

  • Não desperdício de alimentos (82%)
  • Economia de água (81%)
  • Redução do consumo de energia (73%)
  • Uso de embalagens e sacolas reutilizáveis (58%)
  • Separação do lixo para reciclagem (55%)
  • Consumo de alimentos de produtores locais (33%)
  • Redução do consumo de plástico e produtos industrializados (32%)
  • Preferência por marcas comprometidas com a sustentabilidade (30%)

Desafios para ações sustentáveis

Algumas barreiras dificultam a prática de iniciativas sustentáveis:

  • Falta de políticas públicas (62%)
  • Falta de informação sobre sustentabilidade (57%)
  • Ausência de coleta seletiva e pontos de reciclagem (51%)
  • Produtos sustentáveis são caros e difíceis de encontrar (47%)

“Se grandes empresas e instituições que são referência no mercado não são vistas praticando iniciativas benéficas para o meio ambiente, é difícil esperar que os cidadãos insiram as práticas em sua rotina. As dificuldades estão principalmente relacionadas com a falta de informação e de políticas públicas. É preciso que existam bons exemplos a serem seguidos”, explica Tatiana Fischer, CMO da Descarbonize Soluções.

Fonte: Descarbonize Soluções

Responsabilidade pela sustentabilidade

Quando questionados sobre quem é responsável pelas ações sustentáveis:

  • 40% acreditam que é dever do governo
  • 37% acham que os cidadãos têm a responsabilidade
  • 17% apontam as empresas como principais responsáveis
Fonte: Descarbonize Soluções

“Neste ponto, vemos a utilização de energias limpas citadas como formas de evoluirmos nas questões ambientais. Atualmente, o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking de países que mais geram energia elétrica renovável no mundo. A popularização dessas tecnologias se apresenta como uma oportunidade de investimento por parte dos governos, através de subsídios e benefícios fiscais, para que também vire um produto de investimento acessível para a população. São as forças se aliando para o alcance de um objetivo comum”, completa Tatiana Fischer.

A tecnologia é uma aliada na sustentabilidade. No entanto, 77% dos entrevistados acreditam que as tecnologias sustentáveis são pouco utilizadas. Entre as mais viáveis para o dia a dia estão:

  • Placas solares (77%)
  • Lâmpadas de LED (68%)
  • Veículos elétricos (58%)
  • Baterias de lítio ou cobalto (33%)
Fonte: Descarbonize Soluções

“Mesmo que algumas tecnologias, como as lâmpadas de LED, sejam mais baratas e acessíveis, pois podem ser encontradas em supermercados, as placas solares ainda são as mais lembradas quando se fala de tecnologia sustentável. É muito positivo perceber que a matriz energética solar já está inserida no conhecimento do brasileiro e que é vista como um facilitador no cotidiano. Trazer todos os benefícios da energia solar para a rotina diária de forma simples é um dos objetivos da tecnologia”, comenta Fischer.

Consumo e compromisso ambiental

Para 70% dos entrevistados, o comprometimento ambiental das marcas é um critério importante na decisão de compra, sendo determinante para 40% e pouco importante para apenas 2,4%.

As principais ações que os consumidores esperam das empresas incluem:

  • Redução de emissões de gases poluentes (65%)
  • Investimento em energias renováveis e eficiência energética (64%)
  • Políticas de redução de resíduos e reciclagem (60%)
  • Uso de matérias-primas sustentáveis (60%)
  • Inovação em produtos ecológicos (58%)
Fonte: Descarbonize Soluções

“De uma visão mercadológica, para além dos benefícios ambientais e da inspiração social, as ações sustentáveis por parte das empresas também funcionam como um incentivo ao consumo das marcas. Da parte das energias renováveis, além da contribuição ecológica, o investimento em matrizes energéticas limpas ainda gera uma economia a médio e longo prazo. São oportunidades que exigem, sim, um planejamento institucional, mas que trazem inúmeras contribuições, tanto para o futuro da empresa quanto do coletivo”, finaliza Fischer.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança Climática

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