Nos últimos dias, as conversas de bastidores entre os políticos passaram a ser pautadas por números. Todos têm números frescos de pesquisa de intenção de voto que definem a eleição. O problema: os números não batem nem quando a fonte indicada é a mesma. E o elementar: eleição não se define por antecedência.

Tirando os excessos, a espuma do entusiasmo contra e a favor, todas as pesquisas citadas apontam o quadro que já é conhecido desde ano passado: liderança expressiva de Ronaldo Caiado, com Zé Eliton e Daniel Vilela em seguida, ora em situação de empate, ora com Daniel em vantagem.

Vale lembrar que as pesquisas são todas de comitês, internas. Não estão registradas. Daí que não podem ser publicadas. Neste momento, elas cumprem um objetivo: cada um puxando para o seu lado, como forma de atrair apoios antes do final da janela de transferência partidária.

O que dá ainda pra dizer:

1 – para Caiado, quanto mais pesquisa agora, melhor. Em todas, ele aparece bem e isso lhe dá vantagem nas conversações de bastidores;

2 – para Daniel, a divulgação ou mesmo propagação de números nos bastidores,  em nada ajuda, porque ele é menos conhecido e não há nada que mostre mudança no cenário capaz de mostrar aumento repentido de índice a seu favor;

3 – para Eliton, mais que não ajudar, pesquisa agora tende até a atrapalhar. O governo sempre aparece com aprovação baixa e sua intenção de voto está estabilizada faz tempo, apesar da boa exposição.

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