Programa que promove inclusão no TO é apresentado à secretária Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência 

Em reunião na sede da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do Tocantins (Setas), nesta terça, 30, a secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Anna Paula Feminella, foi apresentada ao Programa Jovem Trabalhador, iniciativa que promove inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho no estado.  

“A experiência de vocês tem que ir para o Brasil, proponho uma visita nossa ao ministro do Trabalho com esse objetivo”, afirmou a secretária ao conhecer a política pública do Tocantins.  

O Programa Jovem Trabalhador é uma iniciativa do Governo do Tocantins, por meio da Setas, em parceria com a Demà Jovem by Renapsi, e destina cota de 5% a 10% para Pessoas com Deficiência. Os jovens que são contratados pelo programa desempenham as suas atividades práticas laborais nas secretarias e autarquias estaduais nos 139 municípios do Tocantins.  

“Temos tido excelentes resultados em nosso estado e o desejo é dividir nossa experiência, ampliá-la e reforçá-la, incentivando a autonomia das pessoas com deficiência”, pontuou o titular da Setas, secretário Jonis Calaça. 

A gerente do Polo Tocantins da Demà Jovem by Renapsi, Patrícia Lucena, explica que a cota para PCD é um importante mecanismo de inclusão e é determinante para a presença desses jovens no mercado de trabalho. 

“Muitos desses jovens têm qualificação, disposição, vontade de contribuir, mas não têm oportunidade. O Programa cumpre esse papel social de inclusão e sem dúvida promove a transformação na vida desses jovens”, destacou.  

Oportunidade que faz a diferença 

Matheus Paraná encontrou no Programa Jovem Trabalhador a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho – Foto – Izabela Martins

Aos 26 anos e formado em Administração, o jovem Matheus Paraná encontrou no Programa Jovem Trabalhador a sua primeira oportunidade de emprego formal. Atuando como assistente administrativo na Secretaria Estadual de Educação, Matheus destaca a importância de o Programa destinar vagas a Pessoas com Deficiência.  

“Pra mim está sendo maravilhoso, porque eu já sou formado em Administração e uma das maiores dificuldades que eu tive, foi assim que terminei a faculdade eu não consegui encontrar emprego, pelo fato de eu ser PCD, as pessoas ficaram meio que com receio, por não acharem que eu era capaz, e eu fui considerado um dos melhores alunos no curso de administração. Foi uma luta de 4 anos procurando emprego, encontrei a oportunidade na Renapsi”, afirmou.  

Matheus afirma que muitos jovens PCD na sua faixa etária acabam não aderindo a programas como o Jovem Trabalhador por terem vergonha de ser mais velhos. Ele acredita, no entanto, que essa é uma grande oportunidade ele poderá mostrar o seu potencial e desenvolver as suas habilidades profissionais.  

“Tem muito jovens como eu, até mesmo mais velhos do que eu, não tendo a oportunidade por causa de eles não saberem os seus direitos como PCD e terem vergonha de serem o mais velho em um Programa. Eu não, a minha vergonha era de não ter emprego. Eu não tenho experiência, mas a minha sede de mostrar praqueles profissionais que eu sou completamente capaz de fazer qualquer coisa isso me anima”, afirmou 

O jovem destaca ainda acreditar que esse seja apenas o primeiro passo de uma bem-sucedida carreira profissional.  

“Posso não ter a experiência que os outros têm, mas eu tenho muita vontade de crescer e eu sei que esse daqui é só o meu primeiro passo, tenho certeza de que vocês ainda vão ouvir falar muito de mim, no futuro”, apontou.  

Vagas seguem abertas 

O Programa Jovem Trabalhador segue com inscrições abertas e vagas disponíveis para todo o estado. O jovem que deseja fazer parte deve se cadastrar no site www.jovemtrabalhadorto.org.br e preencher os dados.

As vagas são destinadas a pessoas com idades entre 16 e 21 anos, que já concluíram ou estão cursando o ensino médio em escola pública, ou que são bolsistas integrais em instituições particulares. O programa contempla cotas para jovens de medida socioeducativas e para PCD – neste caso, não há delimitação de idade.  

A renda familiar do candidato deve ser de até dois salários-mínimos nacional ou meio salário-mínimo per capita. Além disso, a família deve estar preferencialmente inscrita em programas sociais do governo 

Além do salário-minimo/hora, o jovem recebe direitos trabalhistas como carteira assinada, 13º salário, férias e vale-transporte, onde houver o serviço.  

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) – ODS 08 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico.

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