A Polícia Federal (PF) ficará em greve, hoje (14). Em entrevista a repórter da Rádio 730, o presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Goiás (PF/GO), Romington Batista de Melo, disse que a reivindicação é por um melhor piso salarial. Segundo ele, é preciso pensar na reestruturação da carreira do policial federal.
Ainda de acordo com Romington Batista, desde 2002, o servidor que teve o menor índice de reposição salarial foi a PF com, aproximadamente, 80 %. Enquanto isso, ainda segundo ele, a Agência de Inteligência Brasileira (ABI), criada por um Decreto Presidencial, teve um aumento de 553%.
“Com isso, nosso salário está decaindo nosso poder aquisitivo. E a importância da Polícia Federal é enorme na nossa sociedade. Dou como exemplo, o caso de Luziânia que, após a entrada da PF, foi desvendado em questão de tempo mínimo”, lembrou o presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Goiás.
Romington Batista acredita que o trabalho da PF possui uma complexidade maior de tarefas. Dessa forma, ele avisou que a categoria sabe do próprio valor e, com a paralisação de hoje, quer o Governo veja isso.
“Ficaremos somente com esse dia de paralisação. Se não forem abertas as negociações, a qual o Governo já acenou para uma reunião no dia 23/04 nós podemos fazer mais uma de dois dias, três dias e até chegar até o estado de greve”, avisou Romington.
“Nós não queremos fazer porque quem fica prejudicado é a sociedade brasileira. E dentro da sociedade, a Polícia Federal é uma das instituições que mais tem credibilidade, chega a superar a igreja”, lembrou.
SALÁRIO
O salário de um policial federal, em Goiás, hoje, chega a R$ 7.500, bruto. Com descontos de imposto e INSS, ele cai para R$ 3.200. O piso da Agência Brasileira de Inteligência, que é de cerca de R$ 13.000.
PARALISAÇÃO
Em função da paralisação – que é nacional, inclusive -, as atividades da Polícia Federal estão suspensas e, apenas, serviços essenciais como plantão, custódia e casos de flagrantes serão atendidos. Os aeroportos serão atendidos com 30% da capacidade.
