A polêmica do massagista Esquerdinha, que impediu um gol do Tupi (MG) em partida pela Série D do Brasileirão, já havia virado batalha nos tribunais e agora, está extrapolando para outro campo: o da política. O massagista, que continua exercendo a sua função no dia a dia da Aparecidense, se filiou ao Partido Republicano da Ordem Social (PROS) e será candidato à deputado estadual em Goiás na próxima eleição.

Esquerdinha explicou que a vontade já existia desde o auge da polêmica, onde o assunto chegou a ser cogitado em Aparecida de Goiânia, mas ganhou forma após um “convite” do deputado federal Sandro Mabel (PMDB), que faz parte da base aliada ao PROS. O massagista explicou que procurou o gabinete do deputado após uma entrevista do político e o projeto está em execução.

“A princípio, foi uma entrevista que ele deu para a Revista Época, que se o STJD abrandasse a pena, ele ia me lançar à deputado estadual, e se o Pleno aumentasse a pena, ele ia me lançar a deputado federal. A partir dessa entrevista, eu procurei o chefe de gabinete dele, que é o Adriano Vilar, aí eu fui bem recebido e estou para ter uma reunião com o Sandro Mabel ainda”

Esquerdinha, que está suspenso apenas de competições da CBF, mas vai trabalhar normalmente no Goianão, explicou que não tem recursos para financiar a campanha e que isso será uma das pautas na reunião com Sandro Mabel. Além disso, o massagista explicou que não teme uma “mídia negativa” em torno de sua candidatura e já tem até slogan pré-definido pelo partido.

“Foi bem aceita pelo pessoal aqui, pelo povo de Aparecida de Goiânia e também de Goiânia em geral. Todas as pessoas que eu vou conversar estão aceitando bem e me apoiando. No sentido da política do PROS, conversaram comigo e estão pretendendo lançar algo do tipo: “se a corrupção for entrando, o Esquerdinha vai tirando”, afirmou o massagista.

Não tem meu voto

O primeiro “eleitor” que rejeitou a candidatura de Esquerdinha foi o diretor de futebol da Aparecidense, João Rodrigues, o Cocá. O dirigente, que se encontra no Rio de Janeiro resolvendo assuntos do clube, não pôde gravar entrevista, mas destacou que se trata de uma piada e não queria que a candidatura repercutisse de forma negativa em cima do clube. Ao contrário disso, Esquerdinha afirmou que conversou com Cocá e ganhou apoio.