A candidata ao Governo de Goiás pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Cíntia Dias, não apresentou propostas específicas para a área de educação em seu plano de governo. Em menções relacionadas a outros temas, há propostas como a retomada de concursos públicos para a educação, a criação de uma Escola do Campo e interação das Instituições de Ensino Superior Públicas com a estrutura técnico-científica do estado.

As diretrizes programáticas da chapa “Nós somos nossa esperança” centram-se no combate ao fascismo, à fome e às desigualdades sociais. A principal proposta é de uma gestão centralizadora com “prática democrática de controle social sobre os meios de produção e sobre o estado”.

Nesta nova série de reportagens, a Sagres já destacou as propostas para a área de Educação dos candidatos a governador do estado, professor Pantaleão (UP), Edgar Diniz (Novo) e Wolmir Amado (PT). Confira abaixo os destaques da candidata Cíntia Dias.

Concursos

Cíntia Dias argumentou que o estado deve reorientar suas políticas sociais e econômicas para combater o que chamou de “desenvolvimento desigual”, que segundo o documento, é uma das situações que geram a insegurança alimentar. As propostas da candidata sobre o tema são a geração de emprego direto; obras de saneamento infraestrutura, conservação e reestruturação realizadas pelo estado, incentivos a cooperativas e retomada de concursos públicos para segurança, saúde e educação.

Ciência e tecnologia

Para promover a segurança alimentar no estado, o foco da chapa é a Agricultura Familiar. Entre as propostas estão a criação de duas novas pastas: a Secretaria de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e a Secretaria de Desenvolvimento Solidário. 

Com destaque para a educação, o tópico prevê uma integração entre órgãos de geração de conhecimento, fomento à pesquisa  e tratamento de dados como a Fapeg e o Instituto Mauro Borges (IMB) para desenvolvimento científico e tecnológico que “auxiliem na geração de empregos e renda”.

Escola do Campo

O plano de governo também projeta a criação de Escolas do Campo, amparadas pelo Sistema Estadual de Inovação para a Agricultura Familiar. A ideia com o projeto é aplicá-lo em cada  realidade local, com o objetivo de desenvolver a atividade rural e agrícola nos locais escolhidos para serem inseridas.

Veja as propostas citadas e a quais áreas estão associadas:

  • Emprego: Retomada de concursos públicos para educação, saúde e segurança;
  • Segurança Alimentar: A Agricultura Familiar como Eixo Central/Norteador para uma Política Estadual de integração entre os órgãos de geração de conhecimento/P&D (IPES e Escolas do Campo), de fomento à pesquisa (FAPEG), de geração, tratamento e disseminação de dados, formação de agentes públicos para a elaboração, implementação e avaliação das políticas públicas (IMB, EGITA e Escola de Governo), que constituirão o Sistema Estadual de Inovação para a Agricultura Familiar;
  • Segurança Alimentar: Criação de um Sistema Estadual de Inovação para a Agricultura Familiar, com dotação orçamentária própria, gerenciado pelo Conselho Estadual de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Agricultura Familiar e com financiamento próprio à P&D, via FAPEG, para a produção de Tecnologias Sociais, que auxiliem na geração de empregos e renda e possibilitem a melhoria da qualidade de vida e da produção e comercialização dos produtos.
  • Segurança Alimentar: Interação entre as Instituições de Ensino Superior Públicas (como central a UEG – com órgão do estado – e em parceria com o IFG, IF Goiano e UFG) e a estrutura técnico-científica estatal formada por: IMB, Escola de Governo e EGITA (Empresa Goiana de Inovação e Tecnologia Agrícola – estatal a ser criada), para a pesquisa, geração, tratamento e disseminação de dados, formação de agentes públicos para a elaboração, implementação e avaliação das políticas públicas, e que constituirão o Sistema Estadual de Inovação para a Agricultura Familiar.
  • Segurança Alimentar: Criação de Escolas do Campo, com proposta de funcionamento articulado aos projetos estruturados pelo Sistema Estadual de Inovação para a Agricultura Familiar. Portanto, dele fazendo parte efetiva: criando, a partir da realidade local, dinâmica própria para o desenvolvimento da atividade rural/agrícola onde as Escolas do Campo estiverem inseridas.

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