(Foto: Flickr)

 

Neste podcast, Rubens Salomão e o prof Norberto Salomão, detalham a maior eleição do mundo. Com mais de 900 eleitores, a Índias definiu nesta semana o primeiro ministro e seus representantes no congresso. Além disso, viajam pela história política e cultural do país e do povo hindu.

A música clássica indiana tem duas grandes tradições: a do norte da Índia é chamada de hindustani, e a do sul da Índia é chamada de carnática. As duas têm características bem semelhantes e contam com dois elementos fundamentais, chamados raga e tala: o primeiro forma a tessitura da estrutura melódica, enquanto o segundo realiza a marcação do tempo. São conceitos e o instrumento de corda mais utilizado é o sitar.

Referência a Ravi Shankar. Tocou em festivais como Monterey International Pop Music Festival, na Califórnia em 1967, e no célebre Festival de Woodstock, em 1969. Fez parcerias musicais como nomes como The Beatles e Jimi Hendrix.

Além de Sheila Chandra. Cantora britânica, mas com ascendência indiana que popularizou a estilo de música da Índia. Aposentou-se em 2010 por problemas de saúde. Música pop atual tem relação com Bollywood (o nome é uma criação e adaptam do nome da capital do país com a indústria cinematográfica norte americana, Hollywood)

A maior democracia do mundo e um povo com quase 5 mil anos de história é o tema do dia nesta edição. Com uma população que supera a casa de 1,3 bilhões de habitantes e um número de eleitores que corresponde a mais de 10% da população mundial, a Índia iniciou ainda em abril e finalizou nesta semana as eleições para o seu Congresso, o Lok Sabha.

Cerca de 900 milhões de pessoas estavam aptas a votar para eleger 543 membros do Congresso. O partido ou coalizão com maioria de 272 assentos no Lok Sabha indica o primeiro-ministro.

O atual premiê Narendra Modi, que em 2014 obteve a maioria mais ampla no Parlamento dos últimos 30 anos (com 282 vagas), venceu a disputa com margem ainda mais ampla. Recebeu 63% dos votos, o que deve representar a eleição de 350 parlamentares.

“As pessoas da Índia se tornaram vigilantes para proteger a Índia do mal do casteísmo, comunalismo [divisão em etnias], corrupção e nepotismo”

Em segundo lugar, com 84 assentos, está a principal aliança de oposição, liderada pelo Congresso Nacional Indiano (CNI).

Todos os 543 deputados foram eleitos a partir de círculos eleitorais de um único membro usando o primeiro-passado-o-voto. O Presidente da Índia nomeou mais dois membros da comunidade anglo-indiana para garantir a representatividade dessa população minoritária.

A Índia é conhecida mundialmente pela religiosidade e tem a vaca com um símbolo sagrado. No Estado de Bengala Ocidental, as vacas devem portar um documento de identidade com foto. No mercado de especiarias e temperos, a Índia é responsável pela produção de 70% das do mundo e foi por isso que os grandes navegadores portugueses tinham a expectativa de encontrar novas rotas de sair de Portugal e chegar a Índia. Em uma destas tentativas, Pedro Álvares Cabral descobriu a América.

Estima-se que a expansão de hominídeos da África tenha chegado ao subcontinente indiano aproximadamente dois milhões de anos atrás, e possivelmente já em 2,2 milhões de anos antes do presente. Esta datação é baseada na presença conhecida do Homo erectus na Indonésia por 1,8 milhões de anos antes do presente, e no leste asiático em 1,36 milhões de anos antes do presente, bem como a descoberta de ferramentas de pedra feitas por proto-humanos no vale do rio Soan, em Riwat e nas colinas de Pabbi, todos no atual Paquistão.

As frases bem ou mal ditas por aí…

boris johsson arno mikkor eu2017ee flickr

Boris Johsson é o principal candidato (Foto: Divulgação/Flickr)

A frase da semana saiu de Theresa May. Ainda primeira-ministra do Reino Unido, ela renunciou ao cargo depois de três anos de frustrações sobre as negociações de acordo para o Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia.

“Fiz o meu melhor. Negociei as condições de nossa saída e um novo relacionamento com nossos vizinhos mais próximos, que protege os empregos, nossa segurança e nossa união. Fiz tudo o que eu poderia para convencer os parlamentares a apoiarem esse acordo. Infelizmente, não consegui que apoiassem. Tentei três vezes. Acredito que tive razão em persistir mesmo quando eram altas as probabilidades de fracasso. Mas está claro para mim agora que é do mais alto interesse do país que um novo premiê encabece esse esforço.”, declarou emocionada.

Theresa May continua no cargo até o dia 7 de junho, até quando o Partido Conservador deverá escolher o novo primeiro-ministro (a). A partir da renúncia, o Reino Unido tem 160 dias para decidir como será a sua relação com a União Europeia.

Há muitas possibilidades em aberto sobre como será a partida do Reino Unido da União Europeia – até mesmo a chance de que isso simplesmente não aconteça. Há algumas propostas na mesa. Uma delas, defendida por alguns políticos contrários à saída da UE, é encaminhar o fim da saída no próprio Parlamento.

Outra é convocar um referendo semelhante ao de 2016, em que os eleitores teriam que escolher se preferem que o Reino Unido siga ou não na União Europeia. Há ainda a opção de fazer um referendo em que seria discutido o acordo que Theresa May apresentou no Parlamento, que foi derrotado três vezes.

O mais cotado para substituir Theresa May é seu ex-chanceler, Boris Johnson. Fervoroso defensor do Brexit, o carismático “Bojo” nunca escondeu o desejo de comandar o destino de 66 milhões de britânicos. Aos 54 anos, o ex-prefeito de Londres tentou suceder o ex-premiê David Cameron em 2016, quando a campanha pela saída da UE saiu vitoriosa. Mas foi derrotado por May e tornou-se secretário de Relações Exteriores.

“Claramente isso é algo que tem sido preparado por muito tempo e penso que está muito claro o que a primeira-ministra precisa fazer. Esse acordo está acabado, terminado, está morto. Precisamos de um novo acordo, melhor. É preciso voltar e conseguir algo que realmente nos permita ter vantagens com a saída da União Europeia”, se posicionou Boris.

Um dos principais pontos de conflito a respeito da aprovação do pacto tem relação com o possível fechamento da fronteira entre a Irlanda do Norte (que faz parte do Reino Unido) e a República da Irlanda (país independente, membro da União Europeia).

A ausência de fronteira entre os dois territórios é um dos principais arranjos do acordo de paz de 1998, que encerrou os conflitos entre defensores de um único território irlandês integrado à Grã Bretanha e defensores da República da Irlanda como Estado independente. 

Novela comentada neste Episódio

A novela “A Caminho das Índias” é situada entre a Índia e o Brasil, mostrando as grandes diferenças entre as duas culturas. Na trama central, está a paixão proibida entre Maya e Bahuan, dois indianos de origem muito diferentes. A novela foi exibida de janeiro a setembro de 2009. A produção de Glória Perez foi premiada com o Emmy Internacional de melhor Telenovela.

Músicas comentadas neste Episódio

Raga Suhakanara

Sheila Chandra – The Enchantment

 

Chen Xue Ning – Green

Chen Xuedong nasceu em 28 de junho de 1990, também conhecida como Cheney Chen , é um atriz e cantora chinês. Ela é mais conhecido por seu papel como Zhou Chongguang na série de filmes Tiny Times (2013–2015). Chen nasceu em Wenzhou, Zhejiang. Ela trabalhou como modelo aos 17 anos. Mais tarde, ele se formou no Conservatório de Música de Xangai com um diploma em drama musical.

Ouça +

Sagres Internacional #17: Irã – A terra do povo persa

Sagres Internacional #16: A história da Alemanha que pretende investir 160 bilhões na educação até 2030

Sagres Internacional #15: África do Sul – 25 anos depois do Apartheid e da eleição de Nelson Mandela

O “Sagres Internacional” vai ao ar todo sábado, de 14h às 15h, na Rádio Sagres 730, de Goiânia-Go. O programa traz um enfoque apurado e contextualizado das relações globais e de seus efeitos para as comunidades locais. Confira as outras edições em nosso site, no Spotify, no I Tunes e no Google Podcasts.