O governador Ronaldo Caiado (DEM), que tomou posse nesta terça-feira (1º), gastou todo o tempo da transição de governo – entre sua eleição em 7 de outubro e sua posse –, para escolher seu secretariado e definir a estrutura de seu governo. Mas não completou essas primeiras tarefas a tempo de sua estreia no comando do Estado.
A reforma do secretariado, anunciada lá atrás, ainda não está completamente definida. Todos os empossados na terça-feira (2) assumiram os cargos da estrutura herdada dos tucanos. O futuro secretário de Cultura, Edival Lourenço, por exemplo, assumiu como superintendente de Cultura da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (Seduce).
Os novos secretários estão tateando em suas pastas. E não apenas porque a transição não foi transparente, como dizem os novos governistas, mas porque Caiado optou por fazer tudo a seu tempo. O anúncio da equipe só começou em 19 de dezembro. Alguns secretários, como a de Meio Ambiente, Andrea Vulcanis, só foram convidados a integrar a equipe nos últimos dias de dezembro.
O governo começou sem Orçamento, sem reforma administrativa e, por enquanto, sem planejamento de ações para esses primeiros dias. À exceção são os decretos óbvios de demissão dos comissionados da estrutura básica não demitidos por José Éliton e de corte de gastos de custeio.
Diferentemente, o presidente Jair Bolsonaro começou sua gestão com equipe e estrutura definida em medida provisória publicada no Diário Oficial da União no dia da posse. Aproveita melhor o tempo de lua de mel da sociedade com seu governo que costuma resistir bem nos cem primeiros dias.
O segundo tema deste podcast #24 é o ensaio dos tucanos na oposição. O deputado Thales Barreto (PSDB) falou em nome do partido na posse de Caiado e prometeu fiscalizar o novo governo. Ao mesmo tempo pediu aos democratas reconhecimento do legado positivo dos governos tucanos ao Estado. Curiosamente, reconheceu, pela primeira vez nesses 20 anos, que os governos do MDB deixaram o Estado melhor do que receberam.