Duas políticas públicas de grande interesse público entraram na pauta política do Estado na semana que passou e vão pautar os debates entre Estados, municípios e empresários depois do carnaval, o transporte coletivo e os incentivos fiscais. 

O projeto de lei do governo encaminhado à Assembleia Legislativa retirando a Agência Goiana de Regulação (AGR) da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) acendeu o alarme em prefeituras da região metropolitana de Goiânia. O prefeito de Trindade e presidente da CDTC, Jânio Darrot, iniciou articulações com a Assembleia e o prefeito Iris Rezende para discutir o modelo. Ele propõe reestruturação do sistema metropolitano de transporte antes da aprovação do reajuste anual da tarifa.

A saída do Estado mostra a exaustão e necessidade de sua reestruturação, disse em entrevista à Sagres na semana passada. Diretor técnico da CMTC, Benjamin Kennedy se preocupou. Para ele, o movimento de retirada do Estado vai “implodir” o atual modelo.

A secretária de Economia Cristiane Schmidt foi à Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) na semana passada e deixou clara sua intenção: quer “cortar gorduras” de incentivos fiscais. Dessa forma ela reabriu o debate que os empresários queriam ter encerrado com a aprovação da reinstituição dos incentivos fiscais em 2018. Na época, o governo conseguir reduzir a renúncia fiscal em R$ 1 bilhão. Não foi o que aconteceu.