Nesta edição, duas novelas que se arrastam há muito tempo sem indicativo de final feliz: a dificuldade do poder público de melhorar e cobrar um preço justo do transporte coletivo na grande Goiânia e o vaivém do governador Ronaldo Caiado (DEM) por Brasília para incluir Goiás em programa de recuperação fiscal.

O reajuste anual da tarifa de ônibus foi adiado por conta de uma recomendação do Ministério Público. Foi a última tentativa de um movimento que se fortaleceu em 2019 para tentar fazer um cálculo mais justo da tarifa.

Explicando: há 25 anos o governo concedeu passe livre nos ônibus para idosos e pessoas com deficiência. Mas não pagou as passagens delas. Resultado: este valor foi diluído no custo geral e a conta transferida para o usuário. A intenção do Ministério Público é que esses benefícios sejam excluídos do cálculo de reajuste da tarifa.

E o governador Ronaldo Caiado continuou batendo pernas por Brasília para desfazer o nó cego que se transformou a adesão de Goiás a um programa de recuperação fiscal. As coisas continuam lentas tanto no Congresso Nacional quanto no Ministério da Economia. E tem problemas também por aqui. Nesta semana, Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça e Ministério Público começaram uma articulação para manter a licença-prêmio para seus servidores. Sem falar que magistrados também querem garantir o direito de receber esse benefício.

No quadro Língua Solta o deputado estadual Major Araújo, autor de uma das críticas mais duras ao governador na Assembleia Legislativa.

Leia mais sobre os temas deste episódio

Iris cancela reunião para reajustar tarifa em meio a críticas à qualidade de serviço 

MP quer impedir inclusão de custo do passe livre no cálculo de reajuste da tarifa de ônibus 

PodFalar #47: Como melhorar o transporte coletivo e reduzir o preço da tarifa 

Bancada goiana vai pressionar Congresso para votar plano de recuperação fiscal 

Caiado critica “vai e volta” de documentos em Brasília e cobra agilidade para adesão ao RRF 

Ouça as edições anteriores do PodFalar