A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) apreendeu R$ 500 mil em espécie durante Operação Negociatas. A ação investiga suposta cobrança de propina em troca de manutenção de contratos junto à Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego).

Segundo o titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), Fábio Meireles, o dinheiro estava escondido em malas em um imóvel de Cuiabá, no Mato Grosso. Entre as cédulas, os policiais encontraram US$ 17 mil.

A investigação, iniciada em julho de 2019, apura a prática dos crimes de associação criminosa, corrupção, tráfico de influência, fraude à licitação e lavagem de dinheiro.

Na quarta-feira (15), a PC prendeu o diretor administrativo da Codego, Carlos César Toledo, o Cacai Toledo. O empresário Antônio Fernando Pereira Ribeiro, da empresa LogLab Digital, de Mato Grosso, suspeito de envolvimento no suposto esquema de propina da estatal, também foi preso.

Ao todo, foram cumpridos 6 mandados de prisão temporária e 23 mandados de busca e apreensão nas cidades de Goiânia e Campinaçu, no estado de Goiás, e Cuiabá, estado de Mato Grosso.

São investigadas fraudes em procedimentos licitatórios para a contratação de empresas de tecnologia da informação (T.I.), além da solicitação e recebimento de vantagens para benefícios em contratos com a administração pública. Durante a ação foram apreendidos diversos documentos, meio milhão de reais em espécie, computadores e objetos relacionados à investigação.

Ontem (15), por meio de nota, a Codego informou que está colaborando com as investigações. Hoje (16), a estatal enviou nova nota informando que Cacai Toledo, por meio de seus representantes, pediu desligamento do cargo de diretor-administrativo.

Ainda na nota de hoje (16), a Codego informa que, no lugar de Cacai, assume interinamente “o chefe de Gabinete da companhia, Bonoel Costa Bezerra, que ocupará o cargo sem prejuízo a sua função original”.

Também na nota, a “Codego reafirma seu compromisso com a transparência e continuará colaborando com as investigações da Polícia Civil até o final do inquérito”.

*Atualizada às 20h12 para acréscimo de nota da Codego