Na manhã desta sexta-feira (9), a Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) realizou a Operação Nuntius, que desvendou a morte do radialista Jefferson Pureza Lopes. O crime aconteceu em janeiro deste ano, em Edealina, a 154 quilômetros de Goiânia. O delegado responsável pelo caso, Queops Barreto, revelou que o mandante do crime foi o vereador José Eduardo Alves da Silva, 39. O parlamentar, um intermediário e dois executores foram detidos.

De acordo com a Polícia Civil, o caseiro Marcelo Rodrigues dos Santos, 39, foi quem intermediou o contato entre o vereador e dois jovens de Aragoiânia, que executaram o radialista. Leandro Cintra da Silva, 23, e um menor de 17 anos receberam R$ 5 mil e um revólver como pagamento pelo assassinato.

O delegado Queops Barreto aponta que a motivação para o crime foi política-passional.

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As investigações da Polícia Civil apontaram que o vereador José Eduardo havia planejado a morte de Jefferson Pureza em janeiro de 2017. Mas, como alguém descobriu o plano, ele desistiu. Em dezembro, o parlamentar descobriu que a ex-esposa, recém-separada dele, estava em um relacionamento com o radialista, por isto voltou a encomendar a morte do comunicador.

José Eduardo confessou ao delegado que organizou as duas tentativas de homicídio contra Jefferson Pureza, mas que teria desistido de ambas. O intermediário Marcelo Rodrigues admitiu que colocou o parlamentar em contato com os executores. Os outros dois responsáveis pelo crime ainda não foram ouvidos pela Polícia Civil.

No momento da prisão, Leandro Cintra foi flagrado com drogas em sua casa. Ele também foi autuado em flagrante por tráfico de drogas. A Polícia Civil tem 30 dias para concluir o inquérito. Os quatro homens estão presos temporariamente.

De Gerliézer Paulo