Quatro pessoas foram presas na a Operação Clone.net do Grupo Antissequestro da Polícia Civil realizada na última sexta-feira (20). Foi apresentado o grupo que integraria uma quadrilha de hackers (que cometiam crimes pela internet). O principal foco eram as operadoras de cartão de crédito. Segundo estimativa da PC, o golpe gerou R$ 1 milhão em prejuízos. Foram quase três meses de investigação.

Segundo as investigações, os criminosos conseguiram contato com “hackers” russos, que por sua vez tinham acesso cibernético aos dados que compõem as trilhas dos cartões de crédito. Esses dados eram repassados à quadrilha, que utilizava os equipamentos apreendidos para a confecção de cartões clonados, que sempre eram confeccionados em nome das pessoas que os utilizariam, o que dificultava a identificação da fraude e a prisão dos criminosos.

Depois de identificar os locais utilizados pela quadrilha para guardar o material utilizado nas fraudes, a Polícia Civil representou pela expedição de mandados de busca e apreensão para os endereços dos investigados. De posse dos mandados aguardou o cometimento de novos crimes, o que ocorreu no início da manhã da última sexta-feira. Em comemoração ao sucesso dos crimes, a quadrilha pagou uma conta, que ultrapassa a quantia de R$2 mil, em uma casa noturna na capital, o que serviu de estopim para a deflagração da Operação.

Dos cinco criminosos apontados pela Polícia como articuladores do golpe, quatro foram presos em flagrante, enquanto um conseguiu fugir, momentos antes da chegada dos policiais. Nos endereços dos suspeitos, além de farta quantidade de cartões de créditos clonados, os policiais apreenderam equipamentos aptos a clonar os cartões magnéticos, tanto os dados quanto seus logotipos e detalhes de impressão.

Na casa dos investigados, Leandro Baltazar Caparoza, 24, e Arnaldo Baltazar de Souza Neto, 26, foram apreendidos cartões clonados, equipamentos para clonar cartões magnéticos e ainda 72 comprimidos de Ecstasy. Leandro e Arnaldo foram indiciados pelos crimes de formação de quadrilha, furto qualificado mediante fraude e tráfico de drogas. Os demais suspeitos, Wheber Alves de Oliveira, 26, Diego Hassan da Rocha Mendes, 20, e Pamella Kariny Rodrigues de Oliveira, 22, foram indiciados pelos crimes de formação de quadrilha e furto qualificado. Caso condenados, os indiciados podem pegar penas que variam de doze a vinte e sete anos de reclusão. Arnaldo ainda está foragido.