A Polícia Civil (PC) finalizou nesta semana o inquérito sobre o assassinato do prefeito de Matrinchã, a 250 km de Goiânia, Daniel Antônio de Souza, e da primeira-dama Elizeth Bruno de Barros.
O crime aconteceu em 4 de agosto de 2015. Os corpos foram encontrados pela Polícia Militar (PM) na chácara onde o casal morava, com marcas de espancamento e golpes de faca. Hélio Soyer, Dalmi Félix e Cleib de Morais são os três indiciados pelos homicídios. De acordo com o titular da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), Valdemir Pereira da Silva, explica qual teria sido a motivação dos assassinatos.
“O Hélio matou o prefeito Daniel, porque ele estava com muito ódio do prefeito. Os dois entraram em atrito durante a administração municipal pelo prefeito. Já o Cleib tinha uma pretensão política, ele queria ser o prefeito de Matrinchã. Durante as investigações percebe-se muito bem que, na verdade, que é o atual prefeito da cidade é o Cleib, ele é quem dava as ordens”, afirma.
Ainda de acordo com o delegado, Dalmi Félix tinha interesses comerciais após a morte do prefeito, e receberia benefícios prometidos por Hélio, o executor. “Bastaria ele (Dalmi) abrir uma empresa de construção que todas as obras da prefeitura seriam executadas por ele. Ele tinha um interesse comercial. E, segundo o interrogatório do Dalmi, ele ganharia cerca de R$ 80 mil por mês para a execução dessas obras”, ressalta.
O delegado esclarece que, de acordo com as investigações, Dalmi foi quem deferiu golpes de marreta na cabeça das vítimas, e Hélio foi quem esfaqueou o casal no pescoço. O delegado esclarece que ambos ainda estavam vivos quando receberam os golpes. O terceiro envolvido, Cleib, foi quem planejou o crime.
“Primeiramente ele deu a ideia: ‘Nós devemos matar esse prefeito’. E, segundo, ele disse ao Hélio que seria melhor matá-lo em Goiânia, e não em Matrinchã. Disse também que deveriam comprar uma arma de fogo para matá-lo, e que ao praticar o crime não deixasse pistas. Então a PC entende que o Cleib deve responder por homicídio qualificado”, esclarece.
O irmão do prefeito assassinado, Davi Gaudino, estava presente na delegacia e conversou com a reportagem 730. Ele diz que se sente aliviado com a conclusão do inquérito e o indiciamento dos três suspeitos.
“A família está um pouco mais aliviada. Nós estávamos com uma esperança muito grande que fossem punidos pelo crime que eles fizeram. Vamos esperar para ver o que vai acontecer”, comenta.
Com informações do repórter Jerônimo Junio