Barragem se rompeu no dia 4 de janeiro deste ano (Foto: Reprodução/Governo de Goiás)

A Polícia Civil (PC) concluiu o inquérito que apura as causas do rompimento de uma barragem  durante uma forte chuva em Pontalina no último dia 4 de janeiro. O assunto foi tema de debate na Sagres 730

O ex-prefeito da cidade e dono da propriedade rural onde foi construído o barramento, Edson Guimarães de Faria, foi indiciado por dois crimes ambientais. O titular da Delegacia Estadual do Meio Ambiente, a Dema, Luziano Carvalho, explica as irregularidades cometidas na construção da represa.

“Na represa foi feito um extravasor. Nesse extravasor construiu um muro de alvenaria, quando deveria ter sido de tábua. Com esse muro de alvenaria fica impossível, colocou sacos de minério para proteger, para que a água não saísse”, afirma. 

Segundo o delegado, parte da mata ciliar e árvores foram destruídas com o rompimento da represa, entre outros estragos como danos em pontes e até em residências do município. 

A barragem, construída em 1989, não teve o licenciamento ambiental renovado. O proprietário já tinha sido multado por não realizar o cadastro da barragem no sistema da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, a Semad. 

Pelas práticas de destruição de floresta considerada de preservação permanente e construção de represa sem licença ou autorização ambiental, o dono da fazenda pode pegar de um a quatro anos e meio de prisão, além de multa.

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