(Foto: Rafael Bessa / Sagres Online)

O delegado Luiz Gonzaga, do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Geccor), confirmou à Sagres 730 nesta sexta-feira (13) que dois ex-presidentes do Ipasgo estão entre os 20 investigados na Operação Metástase, deflagrada nesta quinta-feira. Francisco Taveira Neto era presidente e o médico Romeu Sussumu Kuabara, diretor de assistência do servidor em 2013, quando o Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (Ingoh) foi credenciado para atender os pacientes de câncer do instituto. 

Kuabara assumiu a presidência do Ipasgo em setembro de 2017, com a saída de Taveira presidência. O médico está entre as oito pessoas que sofreram busca e apreensão durante a deflagração da operação. A Sagres entrou em contato com Taveira, mas ainda não recebeu resposta. O espaço continua aberto. De acordo com o delegado, coordenador das investigações, 20 pessoas estão sendo investigadas. O advogado Vitor Alarcão disse à Sagres que o Ingoh é vítima de denúncia caluniosa.

Luiz Gonzaga não quis revelar os nomes deles, mas confirmou que os dois ex-presidentes estão entre na lista. O delegado afirmou que o sigilo é mantido para evitar que os investigados não atrapalhem a investigação. Disse ainda que a intenção é preservar as imagens deles para a hipótese de a polícia concluir que há provas contra parte deles.

De acordo com o delegado, o superfaturamento era feito de três formas: “utilizavam de um auditor robô para auditar as contas do Ingoh, essas contas não sofriam cortes, na linguagem administrativa chama de glosa; o segundo ponto era a contratação de empresas de auditores terceirizados que tinham ligação com os antigos membros da cúpula do Ipasgo; uma terceira via de autuação fraudulenta dessa organização criminosa seria, auditores do Ipasgo atuando como o médico no Ingoh, eles auditavam as contas do Ingoh e atuavam no Ipasgo”.

A Operação Metástase investiga também a morte de Alexandre Francisco de Abreu, de acordo com denúncia, ele teve a medicação modificada. Luiz Gonzaga detalhou que a análise técnica médica foi realizada por um médico oncologista “que consultou médicos de renome no Brasil inteiro” e que de acordo com que os laudos médicos o medicamento “não seria indicado em nenhuma hipótese para aquele paciente”.

O delegado da Geccor, Luiz Gonzaga, revelou à Sagres, que a próxima etapa da operação será analisar e processar todo material apreendido e verificar se tem relação direta com a investigação. Ele acredita que o valor de R$ 50 milhões pode aumentar com o desenvolvimento da operação.

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