Foto: Divulgação Câmara Municipal de Goiânia

Um funcionário da Câmara dos Vereadores de Goiânia foi detido após uma semana de ter tomado posso. Henrique Kaluzny de Oliveira portava documentos falsos e é suspeita de participar de uma organização criminosa especializada em assalto a bancos. O funcionário atuava como assessor na presidência da casa.

Segundo a polícia, no momento da abordagem de rotina, Henrique apresentou um documento com sobrenome diferente, mas ao longo da vistoria no veículo os policiais encontraram o documento original do suspeito. A notícia abriu um debate sobre a segurança na Câmara dos Vereadores, já que ele foi contratado com o nome falso.

O episódio fez o vereador Felizberto Tavares pedir um pouco mais de Rigor no processo de contratação de comissionados da casa. “Tem que ter um critério muito grande ao fazer uma contratação. Não conheço o rapaz, não sei se ele é reincidente na prática delituosa, mas o crime tem essa particularidade, quando é pego cometendo um crime normalmente não foi a primeira vez que praticou”, defende.

Felizberto ressaltou ainda que esse tipo de caso não pode existir na Câmara dos Vereadores e que os cuidados devem se estender aos próprios vereadores. “É preocupante e a gente não quer isso, que ocorra em lugar nenhum. Principalmente em um lugar em que representa a sociedade goianiense. A Câmara deve ser extremamente vigilante a todos que estão aqui e isso vale, inclusive, para vereadores.”

Em contraponto a declaração de Felizberto Tavares, a vereadora Doutora Cristina exaltou a rápida exoneração do funcionário e defendeu que não teve negligencia no ocorrido. “Esse cidadão estava com documento falso, não havia como investigá-lo. As exigências são muito grandes aqui. São necessários vários atestados, uma documentação bastante forte para ser contratado. Ele forjou uma falsa identidade, conseguiu todas essas declarações exigidas, então isso pode acontecer em qualquer órgão. Mas o que deveria ser feito foi feito ontem de imediato, que é o desligamento dele.”

De acordo com a Polícia Civil, além de ter sido preso por utilizar documento falso, o ex-funcionário da Câmara de Vereadores também tem um mandado de prisão em aberto por envolvimento em roubo a bancos em Goiás, Maranhão e Piaúi. Sobre a contratação do homem, a presidência da Câmara de Goiânia emitiu nota informando que já o demitiu e está à disposição para colaborar com as investigações relacionadas ao episódio.

*Com reportagem de Rafael Bessa