É desagradável, mas é comum escutarmos ou até mesmo presenciarmos assaltos à mão armada em um ponto de ônibus em Goiânia. Além do desconforto e até mesmo frustração de ter objetos pessoais levados, como celulares, bolsas, mochilas, carteiras e até mesmo documentos, quem é vítima passa pelo constrangimento de ir a uma delegacia para registrar ocorrência. Mesmo com a prisão de criminosos, a fragilidade da lei em pouco tempo coloca os marginais de volta às ruas, pronto para atuarem em novos assaltos.
Esta possibilidade é a preocupação de Marcilene Ferreira dos Santos. Ela voltava do restaurante que trabalha, no início da manhã desta terça-feira (25). Estava acompanhada do irmão mais novo de apenas sete anos. Aguardava o ônibus para ir para casa, quando foi surpreendida por Érick Franklin de Paula e Hebert Veloso Delmônico. Os dois com uma faca ameaçaram Marcilene e levaram quase todos os objetos dela. O fato aconteceu na Rua da Liberdade no Parque Industrial João Braz em Goiânia. A Polícia Militar rapidamente efetuou a prisão dos dois, que foram encaminhados para o 20° DP.
O soldado da PM Manuel da Costa Fernando, relata que Marcilene ficou preocupada com a possibilidade dos acusados voltarem às ruas e fazerem algo pior com ela. “A Marcilene se encontra bastante amedrontada, inclusive devido às brechas da lei esse pessoal fica possivelmente pouco tempo preso. Ela tem medo que eles saiam da cadeia e vão atrás dela. Estamos orientando a vítima a ficar calma e fazer o depoimento favorável para esses dois indivíduos ficarem um bom tempo na cadeia, o máximo possível. Todos os dias eles fazem o mesmo trajeto, no mesmo ponto de ônibus. Mas o patrão dela é solidário e já prometeu leva-la em casa, para evitar durante um período e que ela se sinta mais segura”, declarou.
Mesmo com a ajuda policial no sentido de tranquilizá-la, a preocupação de Marcilene faz sentido, afinal o histórico de Hebert e Érick não é dos melhores. “Os dois possuem passagem na polícia por roubo e furto, um deles responde por um homicídio que já foi cometido no passado, então são indivíduos perigosos, já acostumados a praticar roubo na região, tem uma ficha extensa na polícia. Hebert já respondeu um 121 que é homicídio, na casa dele foram encontrados outros objetos de outras vítimas, inclusive carteira de habilitação, cartões, documento de banco e identidade”, finalizou.
Os acusados vão responder por roubo e lesão corporal, pelo fato de terem usado força física para levar os bens da vítima. (Com informações do Repórter Samuel Straioto)