A falta de frequência de vereadores no plenário da Câmara de Goiânia é um problema antigo no legislativo municipal e que, muitas vezes, prejudica a apreciação e votação de matérias. Para tentar forçar a presença dos parlamentares na casa, o vereador Paulo Magalhães (PV) propôs projeto de lei que determina a aplicação de ponto eletrônico. Pelo texto, os vereadores deveriam registrar sua presença de forma biométrica ao menos três vezes em cada manhã entre terça e quinta-feira, dias de sessões ordinárias.
Paulo Magalhães tem encontrado dificuldade entre os colegas para aprovar a proposta e, na última sessão, se irritou com alguns deles. O vereador foi à tribuna e fez acusações contra Felizberto Tavares (PT) que teria deixado de apoiar a ideia. “Tem um vereador chamado Felizberto que eu pedi pra ele esquecer o meu nome e não votar nada de minha autoria, porque eu não dependo dele,” discursou.
Felizberto Tavares preferiu não responder diretamente ao vereador do PV durante a sessão ordinária.
Paulo Magalhães ainda fez acusações graves contra Clécio Alves (PMDB), que é presidente da Câmara. Segundo ele, Clécio teria ameaçado vereadores para que o projeto do ponto eletrônico não seja aprovado. Segundo Paulo, o vereador Fábio Lima (PRTB) teria dito que não votaria a favor da matéria por determinação de Clécio. “Ele chegou até mim e falou que não votaria no meu projeto, porque o Clécio me pediu para não votar,” diz.
O presidente da Câmara disse que a acusação de Paulo Magalhães é injusta e explicou qual tem sido sua postura. “Os vereadores que vem conversar com o presidente dessa casa, eu digo a eles, que o que for decidido será acatado. Se aprovar, que vereador tem que bater ponto, vai ser cumprindo na íntegra.
O projeto de lei que estabelece o ponto eletrônico está na pauta do plenário para primeira votação.