Pré-candidato do PSOL à presidência da república e presidente da legenda em Goiás, Martiniano Cavalcante criticou nesta terça-feira, a aliança da senadora Marina Silva, pré-candidata do PV com o DEM e o PSDB.
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O objetivo do PSOL era se aliar ao partido de Marina, para a disputa presidencial em 2010. “Nós acreditamos que ela representa a simbologia de uma política honesta, limpa e compromissos com uma questão estratégica que é a ambiental”, disse ele.
Porém, de acordo com Martiniano, a partir do momento em que a senadora se alia a esses setores, ela perde a capacidade de aglutinação contra o modelo de política destes partidos. “Ao aceitar a aliança com o DEM ela acaba se colocando como uma força auxiliar”, afirmou.
Para Martiniano, o PV, legenda de Marina, que carrega a bandeira ambiental, se enfraquece nesse terreno ao se aliar com o que ele chama de partidos do grande capital.
Candidatura
Além de Martiniano – que é preferido da presidente do PSOL, Heloísa Helena – o ex-deputado João Batista Araújo Babá e o intelectual Plínio de Arruda Sampaio são os pré-candidatos da legenda à disputa presidencial.
Para Martiniano, existe uma disputa política legítima no partido em torno do perfil partidário e do projeto que deve ser encabeçado. Ele destacou que a ex-senadora, Heloísa Helena encabeça um setor do partido e existem várias outras correntes. “A base do partido vai votar nessa decisão. Não basta apenas a posição de uma parte da cúpula partidária”, disse.
A crítica do Plínio de Arruda em relação ao nome de Martiniano é de que ele seria um candidato regional. Mas, para Martiniano, todos que acompanhem a vida política do país sabem que além da ex-senadora Heloísa Helena, o partido não tem nenhum nome que tem expressão nacional eleitoral.
“O Plínio tem expressão nacional dentro de um setor bastante antigo da intelectualidade brasileira e em uma parcela da igreja que vota nele para ser pré-candidato, mas na eleição vai votar na Dilma, avaliou.