Sagres em OFF
Rubens Salomão

Prefeito de Goiânia retoma apoio aparente à candidatura de João Campos ao Senado

O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), voltou a usar discurso a favor da candidatura ao Senado do deputado federal João Campos, do mesmo partido. Depois de chamar o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) de “nosso senador”, o prefeito retomou falas elogiosas ao presidente da sigla em Goiás, em reunião com candidatos da legenda, na última quinta-feira (15).

“Um homem que é sem sujeira nas mãos, sem acusações, sem politicagem, sem compromisso com a inverdade e um homem que é sem compromisso com a bandidagem. Esse é o deputado federal João Campos, nosso próximo senador da República com todo o nosso apoio”, afirmou Rogério Cruz. Nesta semana, além da aproximação de Rogério e Marconi, a Igreja Universal passou a levar apoio direto à candidatura de Alexandre Baldy (PP) ao Senado.

Na mesma reunião política, o deputado estadual e pastor da IURD, Jeferson Rodrigues, reforçou a consideração por João Campos. “Nós temos prazer e satisfação de dizer que o Republicanos tem uma pessoa à altura que está ali numa candidatura ao Senado. Uma pessoa ilibada, cinco mandatos de deputado federal. Uma pessoa que traz credibilidade ao partido a nível nacional.”

Pedidos

“E nós estamos aqui pedindo voto para o nosso próximo senador João Campos porque temos a certeza, se Deus assim permitir, ele chegando lá, representará muito bem o povo de Deus e o povo de Goiás”, completou Jefereson, que busca cadeira na Câmara Federal.

Articulação

O prefeito de Goiânia mantém aproximação com Marconi e, nesta semana, a primeira-dama da capital, Thelma Cruz, passou a ter material gráfico de sua campanha a deputada estadual posicionado junto com faixas pró-Marconi. Já o deputado estadual não trabalhou contra a articulação que levou a Igreja Universal para o lado de Baldy.

Proposta

O candidato ao Senado Wilder Morais (PL) defende aprimorar a legislação assistencial para combater a exclusão social dos mais pobres. O ex-senador aponta para necessidade de atualização da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), que prevê auxílio a pessoas com deficiência e idosos acima de 65 anos que não possuem renda.

Ampliação

Wilder apresentou projeto em 2015, enquanto era senador, para excluir da base de cálculo da renda familiar mensal, os benefícios de prestação continuada recebidos por outros membros da família. “Denunciei esse absurdo, já que cada pessoa tem a sua individualidade e necessidade”, explica.

Eleição religiosa

O desempenho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre evangélicos na última pesquisa Datafolha animou a campanha petista, enquanto a equipe do presidente Jair Bolsonaro minimizou o resultado, mas tenta reforçar o foco na região Sudeste nessa reta final do primeiro turno.

Números

Lula segue atrás de Bolsonaro entre os evangélicos, mas agora marca 32% dos votos — na semana anterior, tinha 28%. O crescimento de quatro pontos percentuais está dentro do limite da margem de erro. Bolsonaro tem 49% e, há uma semana, tinha 51% das intenções de voto.

Avaliação

Na leitura de petistas, a pesquisa demonstra os primeiros resultados de um realinhamento de estratégia voltada aos evangélicos. Estrategistas apostam que a ascendência de Lula sobre esses eleitores na reta final da campanha não poderá ser estancada, a menos que haja uma bala de prata da campanha adversária.

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