O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), e o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) assinaram na manhã desta sexta-feira (8), durante solenidade realizada no Paço Municipal, o autógrafo de lei que marca o início da gestão compartilhada da Companhia de Saneamento de Goiás S/A (Saneago) entre Estado e Prefeitura.

Além da novo modo de gestão, foi assinada também a renovação da concessão dos serviços de água e esgoto à estatal, por mais 30 anos. De acordo com o governador, as parcerias desenvolvidas representam um momento histórico, e classificou a medida como jogo de “ganha-ganha” no cenário goianiense.

“A participação de Goiânia no conjunto das concessões da Saneago significa equilibrar as tarifas para todos os municípios goianos. Manter a Saneago em condições de fazer novo investimentos, e ao mesmo tempo garantir obras e serviços que já estão universalizando o serviço de esgoto em Goiânia, e com a entrada do Sistema Mauro Borges, vai garantir água de qualidade a toda a região metropolitana nos próximos 50 anos”, destacou o governador.

O governador elogiou a iniciativa e o comprometimento do prefeito para com a companhia. “Prefeito Paulo Garcia foi extremamente comprometido com a cidade, extremamente republicano ao tratar conosco acima de questões políticas, partidárias e ideológicas um assunto sério que é água e esgoto”, frisou.

Segundo Paulo Garcia, a renovação da concessão da Saneago, embora tenha sido realizada na capital, representa um avanço para todo o estado, e destacou a participação do governador na assinatura das novas medidas.

“O governador não tem que nos agradecer. Nós cumprimos a nossa função e tenho certeza que ao renovar a concessão nós estamos entregando à Saneago e ao governo do Estado as possibilidades mais amplas que eles, de forma muito adequada e apropriada, haverão de tratar esta companhia que é orgulho de todos nós goianos”, confirmou.

Sobre o relatório da comissão especial de impeachment

O governador demonstrou preocupação com relação ao desfecho do processo de impeachment da Presidente da República, Dilma Rousseff (PT). Nesta semana, o deputador federal e relator da comissão especial de impedimento na Câmara, Jovair Arantes (PTB), acatou a decisão pela continuidade do processo. 

“Estamos muito apreensivos com o futuro. Seja qual for o desfecho, eu prevejo problemas, e tudo o que nós queremos neste momento é paz, tranquilidade, para que nós possamos governar com foco nos resultados que possam implicar em benefícios para a população brasileira. A população reivindica melhorias na economia, com toda a razão, e nós temos que buscar um caminho que nos leve a sair desse buraco”, ponderou. 

O prefeito Paulo Garcia, por sua vez, preferiu não tecer críticas ao relatório de Jovair, mas afirmou que não existe base legal para que a presidente seja afastada, e que a deposição, caso se concretize, seria um equívoco. 

“Considero que não há nada que justifique o afastamento da Presidência da República. Naturalmente não posso interferir no relatório de um parlamentar, somente posso lamentar uma posição que considero equivocada”, pontua.

Com informações da repórter Mirelle Irene.