O Atlético Goianiense completou na última quinta-feira (2) 32 dias de treinamentos presenciais. Mesmo com o decreto publicado pelo Governo de Goiás e também pela Prefeitura de Goiânia proibindo atividades não essenciais nos próximos 14 dias, a equipe rubro-negra não perdeu tempo e sequer um dia de treinamento.
A diretoria atleticana agiu rápido e após o veto às atividades esportivas na capital, o elenco foi levado para Trindade, município que não aderiu às recomendação do governador Ronaldo Caiado. O objetivo é que os jogadores não percam o condicionamento físico adquirido até agora e cheguem bem na estreia do Campeonato Brasileiro em agosto.
Entretanto, apesar de estar bem na parte física, o Atlético ainda não está pronto para jogar uma partida de futebol. A análise é de Jorge Soter, preparador físico do Dragão, e que concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira (3).
“A equipe do Atlético está “semipronta” porque aproveitamos esse período para trabalhar muito a parte física e desenvolver as valências que achamos necessário. Esse tempo foi excelente para esse tipo de trabalho. Mas o futebol não é só isso. Precisamos fazer os pequenos jogos, aumentar o campo de trabalho, treinamentos coletivos e amistosos”, explicou.
Por isso, o profissional lamentou o cancelamento do torneio amistoso que seria organizado pela Federação Goiana de Futebol na segunda quinzena deste mês. A competição foi suspensa, inclusive, por conta das medidas adotadas pelas autoridades nesta semana.
“Esse torneio que seria realizado em julho seria de fundamental importância como preparação para o Campeonato Brasileiro. Se for para a Série A sem fazer jogos amistosos e treinos de campo aberto, o clube vai ficar muito prejudicado. Então digo que hoje estamos 70% para começar uma partida de futebol, faltando esses 30% dos treinos coletivos que são muito importantes”, analisou Soter.
Reforços
O elenco atleticana conta no momento com 31 atletas, 29 que já estavam trabalhando e os dois reforços que chegaram nos últimos dias e iniciaram trabalhos específicos. O primeiro foi Matheus Frizzo, meio-campista emprestado pelo Grêmio e que chegou bem por já vir treinando com o tricolor gaúcho.
“O Frizzo chegou em uma condição melhor do que o João Victor porque ele já vinha treinando há um mês com o Grêmio, fazendo trabalho de força, parte aeróbica, trabalhos mais láticos e também a parte técnica com fundamentos e finalização”, disse.
Por outro lado, João Victor, zagueiro cedido pelo Corinthians, precisará de um período maior para entrar em forma. Como os clubes paulistas só receberam autorização para retornarem aos treinos presenciais no dia 1 de julho, o atleta, que estava emprestado ao Inter de Limeira, chegou com um nível inferior dos demais companheiros.
“O João chegou bem mais abaixo porque ele estava fazendo treinamentos só via internet. Com isso a condição física dele veio bem abaixo, falta de massa muscular, parte aeróbica ruim e a anaeróbica também. Já foi feito um planejamento de treino dentro do nosso protocolo para que eles possam evoluir o mais rápido possível”, pontuou Jorge Soter.