Abrasel prevê até três milhões de demissões em todo o país (Foto: Nathália Freitas)  

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O Aproveite a Cidade desta sexta-feira (27) apresenta os setores de gastronomia e entretenimento, no contexto da pandemia de Covid-19. A programação cultural está suspensa pelo decreto do governador Ronaldo Caiado, que suspende atividades que causam aglomeração de pessoas. 

Os bares e restaurantes de Goiás, assim como outros segmentos considerados não essenciais, estão fechados, sendo permitidos apenas os que possuem o serviço delivery. Em entrevista à Sagres 730, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Abrasel, em Goiás, Fernando Jorge, revelou que o serviço não está sendo rentável. “O movimento chegou a cair mais de 70% em todas as casas que ainda estão abertas. O delivery era um braço que algumas empresas tem dentro de seus estabelecimentos e não tem como uma empresa manter funcionários com um braço só”, explicou.

Fernando Jorge afirmou que algumas empresas adotaram o delivery na semana passada para seguir funcionando, mas logo deixaram atividade de lado. “Quem começou fazer delivery por agora não está tendo muito resultado, vários começaram semana passada, mas nesta semana deram uma pausa porque não obteve resultados e não estava compensando”.

Em uma entrevista anterior, Fernando Jorge disse que a Abrasel nacional prevê no mínimo três milhões de desempregados ao final do isolamento social. O presidente da associação em Goiás voltou a afirmar que o setor terá demissões. “O desemprego vai acontecer, infelizmente não tem como segurar. Por mais que nossas empresas, nossos sindicatos estejam lutando para que isso não aconteça, já está acontecendo naturalmente”.

Fernando Jorge lembrou que os contratos com os funcionários estão paralisados e eles estão em casa, mas ressaltou que a maioria dos empregados e dos empresários não possuem reservas para ficar muito tempo sem trabalhar. “Vamos ver como vai ficar, mas teremos demissões sim”.

O presidente da Abrasel em Goiás não tem muita expectativa nas iniciativas dos governos estaduais e federais para ajudar as empresas. “O governo fala muita coisa e na hora de pegarmos essa grana para injetar nos negócios, pede documentos que você vai atrás e não consegue arrumar em dois meses. É muito triste, é muita propaganda”. 

Para Fernando Jorge a liberação dessa verba deveria ser imediata. “O empresário está precisando de dinheiro pra ontem, para ajudar pagar os funcionários, toda uma despesa que já vinha, porque está tudo parado. Decreta para parar, tudo bem, mas e a contrapartida?”, cobrou. O presidente da associação seguiu com as críticas. “As pessoas soltam (verba) lá perante a imprensa, poucos têm condições de pleitear essa verba, é muita positividade, muito marketing, quero pagar pra ver se esse dinheiro vai chegar nas mãos dos empresários”.

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