De virada, a Aparecidense foi derrota pelo o Atlético na semifinal do Goianão 2020 e não se classificou para a decisão do campeonato. A partida marcou a estreia do VAR no estadual, a tecnologia foi utilizada duas vezes, no lance de expulsão de Lucas Gazal, em que o árbitro Elmo Resende anulou o cartão amarelo para aplicar o vermelho direto. E em um pênalti marcado à favor da Aparecidense.

No entanto, após o jogo, em entrevista à Sagres 730, Elvis Mendes, presidente do Camaleão, reclamou muito da arbitragem. Ele disse que “usaram dois pesos e duas medidas” e não puniram Matheus Vargas por um lance mais grave do que a falta de Lucas Gazal.

“O VAR foi ridículo nesse jogo de hoje, a arbitragem ridícula! Eu não sou de reclamar de arbitragem, mas o que fizeram aqui hoje, expulsaram um jogador meu com cinco ou seis minutos. O VAR chamou, mas porque que não chamou na falta do (Matheus) Vargas também? Não deram nem cartão amarelo! A falta (dele) foi pior!”, declarou.

Elvis Mendes disse estar arrependido de ter concordado com a utilização do VAR. Ele revelou que gastou R$12 mil com o árbitro de vídeo. Vale ressaltar que o custo da tecnologia foi dividido entre os dois clubes e a Federação Goiana de Futebol (FGF).

O presidente lamentou o dinheiro gasto e salientou que o clube ainda perdeu o dinheiro que ganharia se participasse da Copa do Brasil. Em caso de classificação para final do estadual, o Camaleão garantiria uma vaga no torneio nacional.

“Se me perguntarem agora se eu quero VAR, eu não quero! (…) Joguei R$12 mil no lixo e perdi R$500 ou R$600 mil”, destacou.

O dirigente afirmou que por conta de uma possível falta de estrutura, ninguém queria uma final com duas equipes do interior. Já que na outra semifinal, Jaraguá e Goianésia disputarão uma vaga na decisão. Para Elvis Mendes, se for assim, o FGF deveria mudar o formato do Goianão e organizar apenas um “quadrangular” entre os times da capital.

“Não é interessante para ninguém, como estavam falando, ‘uma final caipira’, do interior. Aparecidense e Jaraguá ou Aparecidense e Goianésia, mas o que aconteceu aqui hoje foi ridículo! Se estivéssemos com 11 contra 11 a Aparecidense tinha passado. Agora é levantar a cabeça, ficou a semana inteira esse negócio de que a Aparecidense só tinha 10% de chance de passar, imagina o que seria uma final do interior? Ninguém queria, então está aí o Atlético na final de novo, contra um time do interior”, frisou.

Revoltado com o resultado, o presidente da Aparecidense ressaltou que podem culpá-lo pela derrota diante do Atlético. “Podem falar que a culpa foi do Elvis, do presidente! Quando está ganhando ninguém fala que a culpa é do presidente, mas quando perde é! Então a culpa é foi minha, foi eu que quis o VAR”.

Inconformado, Elvis Mendes disse que queria o VAR “porque na dúvida sempre dão para o grande”, mas “não adiantou nada” e, ainda afirmou que não é a primeira vez que a Aparecidense é prejudicada pela arbitragem nas fases decisivas do Campeonato Goiano.

“Toda vez que chegamos em uma final ou em uma semifinal, somos prejudicados contra os times da capital. E o pior é que parece que são os mesmos árbitros envolvidos, sei lá… É complicado, mas vamos levantar a cabeça”, finalizou o dirigente.

Assista a íntegra da entrevista exclusiva com Elvis Mendes: