Após depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Abuso Sexual, que investiga na Assembleia denúncias de pedofilia e outras violações contra adolescentes e crianças em várias cidades do estado, o prefeito de Cavalcante, João Pereira da Silva Neto (PTC), foi alvo de atentado no último sábado. Homens fizeram vários disparos de arma de fogo na casa onde ele mora.

Em Cavalcante, a CPI investiga os chocantes casos de abuso contra crianças quilombolas, os Kalunga, que tiveram repercussão nacional. Preocupado com a situação, o deputado Major Araújo, do PRP, pediu proteção policial para o prefeito e explica as razões:

“O prefeito de Cavalcante veio à CPI para trazer detalhes sobre os crimes sexuais que eram praticados na cidade, principalmente na comunidade Kalunga e foi ameaçado de morte. Isso foi discutido e fizemos um pedido para que uma proteção policial acompanhasse ele, mas foi negado. Em Cavalcante a segurança pública é muito precária, é preciso que se tome providência”.

O presidente da CPI do Abuso Sexual, deputado Carlos Antônio, do Solidariedade, diz que os membros da Comissão não tem medo de possíveis ameaças contra o trabalho de investigação que tem sido feito.

“Estamos de peito aberto e convencidos do nosso papel. Não temos preocupações nesse sentido, porque a CPI está baseada apenas em verdades e fatos. O mais importante é fazer que os inquéritos andem e o judiciário se pronuncie. Quatro sentenças devem ser proferidas por agora, estamos fazendo com que os resultados aconteçam”.

*Com informações de Mirelle Irene