André Pitta – Federação Goiana Futebol
CBF e federações se reuniram na tarde desta terça-feira (28) por videoconferência e trataram sobre a possibilidade da volta dos campeonatos no futebol brasileiro, paralisados por causa do coronavírus. Em entrevista para a Sagres 730, o presidente da FGF, André Luiz Pitta, explicou que a ideia é retomar a partir de 17 de maio
“A CBF tem a intenção de que possa começar com os estaduais tendo em vista a particularidade de cada estado, questões da viagens, então isso foi discutido e agora cada estado passa a fazer a avaliação de qual a realidade de cada um. Vamos começar a fazer essa avaliação pra ver se volta o Campeonato Goiano”, disse o dirigente, que ao mesmo tempo considera pequena a retomada do Goianão.
“As condições são bastante pequenas. Acho que temos que buscar mecanismos pra discutir esse assunto, um deles, conversar com as autoridades de saúde do Estado pra avaliar qual o pensamento que eles têm com relação ao retorno dos atletas, a aglomeração em treinamentos, pra que possam voltar a competir em nível de profissionalismo e após essa avaliação com as autoridades de saúde, avaliarmos também com os clubes qual a condição que cada um tem de um possível retorno”.
Para André Luiz Pitta, a falta de uma posição concreta sobre o avanço do coronavírus, somada ao fato de que a maioria dos clubes desfez seus elencos, reduzem ainda mais a chance da bola voltar a rolar.
“No meu entendimento, é uma posição bastante difícil, o risco ainda existe. Fazer o clubes remontarem suas equipes e daqui a pouco o atual quadro mudar e a gente não dar conta de concluir o campeonato, por isso temos que ter uma posição bastante segura de que a gente consiga reiniciar e terminar o campeonato, pra que não traga mais insegurança e dificuldades financeiras para os clubes. Todos teriam que montar novos elencos, então vejo com bastante dificuldades que os clubes se preparem para o reinicio do campeonato estadual. Ainda teríamos jogos com portões fechados e dificuldades para os clubes conquistarem novos patrocinadores. Ficaria inviável para os clubes estarem em campo para a continuidade do campeonato. Essa não é uma particularidade do Campeonato Goiano, outras competições também terão muitas dificuldades para retornar”, completou.
O dirigente também lembrou que muitas equipes, especialmente do interior, contam com as prefeituras como principal patrocinador, algo que se tornou inviável por causa da pandemia. Aquelas equipes que têm o apoio dos municípios, eles vivem um momento complicado também, então acho que é momento muito difícil pra gente falar no retorno do futebol. Além do risco do coronavírus que ainda pode atingir muita gente, como comissões técnicas, atletas e muita gente envolvida com o retorno do campeonato”, finalizou.
