Goiânia registrou até esta terça-feira (28) 394 casos confirmados de covid-19 e 11 óbitos. Os boletins epidemiológicos diários da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) revelam que a velocidade de contágio cresceu nas últimas semanas. Foram 26 dias entre o primeiro caso, em 13 de março, até a chegar a 100. Esse número dobrou para 200 em bem menos tempo, em apenas 9 dias, já que 18 de abril eram 227 casos.

Por conta disso, a secretária de Saúde, Fátima Mrué, afirma que não é o momento de flexibilizar as atividades econômicas. “A melhor arma é o isolamento social e as medidas de higienização das mãos e uso de máscara”, disse a secretária em entrevista à Sagres 730 nesta quarta-feira (29). A secretária explicou que o índice de isolamento ideal, para reduzir a velocidade de contágio, é de 50% da população.

No entanto, desde o terceiro decreto do governador Ronaldo Caiado, divulgado na segunda-feira (20), Goiânia registrou queda no isolamento e já está abaixo dos 50%. Nesta terça-feira a prefeitura publicou dois decretos com vistas a manter o distanciamento. O decreto 950 criou a Central de Fiscalização, para intensificar as ações fiscalizatórias e coibir as atividades e condutas incompatíveis com as ações de combate à covid-19. O decreto 951 promoveu o escalonamento de horários para funcionamento do comércio e serviços em Goiânia para reduzir a aglomeração nos abrigos, terminais e nos veículos de transporte coletivo.

A secretária de Saúde detalhou que dois calculos foram feitos, o primeiro sem nenhuma medida de restições e outro com as medidas de isolamento instituidas. “Sem nenhuma medida, o número total de casos já tem uma estimativa no mundo inteiro, que aproximadamente 0,5 % daquela população vai se infectar ou 1% dessa população vai se infectar”, disse. “Então sem medida nenhuma, calculando que a penetração viral seja de 0,5% e para nossa população de Goiânia, sem medidas nenhuma a gente teria um pico com o número de 7,5 mil a 8 mil casos em um espaço de tempo muito curto, isso seria desastroso para nós aqui em Goiânia”.

Com as medidas de isolamento social instituídas, Fátima Mrué explica que o pico seria menos da metade do que foi calculado para a número de infectados sem as medidas. “Teríamos um pico em torno de 2,5 mil a 3 mil casos que seria esperado para o final de maio e início de junho, e a curva se desloca um pouco para direita ou para esquerda à em que a gente faz isolamento social e cumpre as medidas impostas pelas autoridades sanitárias municipais estaduais. Se a gente descumprir isso, tende a aumentar a duplicar mais rapidamente o número de casos”, ressaltou. “O número de casos de uma duplicação de dois para quatro é uma coisa, agora a duplicação de 500 para 1000 e o outra e o espaço de tempo é o mesmo, considerando o isolamento e as medidas e desconsiderando também essas medidas.

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