O projeto de lei do deputado estadual Alysson Lima (Solidariedade) para que os motoristas atuem no transporte coletivo da região metropolitana durante a pandemia, tramita na Comissão Mista da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), e segue sem definição. A proposta foi aprovada em primeira votação no plenário, mas sem ter passado pela Comissão de Obras e Serviços Públicos.

Em entrevista à Sagres nesta sexta-feira (22), o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras em Goiás (OCB-GO), Luís Alberto Pereira, relata como a categoria, que chegou a passar a noite em frente à Casa, reagiu a essa notícia.

“A categoria estava confiante nela para resolver um problema momentâneo. Agora, se a gente está achando outras alternativas, eu acho que a categoria vai entender que a solução para o problema deles vai ser resolvida de uma maneira ou de outra. O que a gente espera é que a categoria junte-se ao seu sindicato, cadastre-se ao seu sindicato, para obter essas cestas básicas, para entender como funciona a linha de crédito para procurar alguns outros benefícios que minimizem o problema deles no momento”, afirma.

A linha de crédito é uma alternativa oferecida pela GoiásFomento para ajudar a categoria a enfrentar esse período em que as aulas presenciais estão suspensas.

Uma força-tarefa criada nesta semana entre o Governo de Goiás, a Alego e a OCB-GO, visa a atender os trabalhadores autônomos do transporte escolar e de turismo que, há mais de 70 dias, estão sem poder trabalhar por conta das medidas de restrição à circulação de pessoas para o combate à pandemia do novo coronavírus no Estado.

Outra ação, já em estudo, é a de buscar um acordo com empresas de médio e grande porte para que disponibilizem transporte alternativo para o deslocamento dos seus funcionários.

“Acho que seria interessante eles trabalharem essas alternativas que são mais rápidas, e como a situação é provisória, tentar depois discutir o projeto original que existe lá [na Alego] para poder verificar todas as regulamentações necessárias para que um transporte desse possa atuar junto com o transporte coletivo”, avalia. “É uma situação complexa e precisa de mais tempo para ser debatida”, complementa.

Para o presidente da OCB-GO, inserir a categoria no transporte coletivo pode não representar uma solução definitiva. “Naquele primeiro momento a gente até sinalizou um apoio para essa lei, mas a gente não considera isso que seja a melhor alternativa, ainda mais sem uma maior discussão. E pelo que eu vejo essa solução de transporte alternativo não existe em muitos outros lugares no mundo, então não parece ser mesmo a solução”, conclui.