Dezoito clubes da Série A e alguns integrantes da Série B se reuniram na manhã desta terça-feira (3) em São Paulo para discutirem, mais uma vez, a criação de uma liga para organizar o Campeonato Brasileiro. No futebol goiano os representantes foram Harlei Menezes, vice-presidente de futebol do Goiás, e Adson Batista, presidente executivo do Atlético Goianiense.

De acordo com o site Ge.com, seis clubes da Série A assinaram o documento: Red Bull Bragantino, Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Santos e São Paulo, além do Cruzeiro e Ponte Preta que disputam a segunda divisão nacional.

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Em entrevista à Sagres, Adson Batista revelou como foi o encontro, que mais uma vez terminou sem acordo. De acordo com o dirigente atleticano o grupo “Forte Futebol”, composto até então por 14 clubes que se denominam ‘emergentes’ e têm o apoio do Atlético-MG, não aceitarem algumas condições.

“A reunião teve alguns momentos de tensão. Nós temos um grupo que fazemos parte e chegamos aqui com uma ideia de um outro grupo, o ‘grupo dos seis’ para já constituir uma liga, mas sem nenhum estudo e sem entendermos bem o estatuto. Nós recusamos”, afirmou o dirigente que confirmou uma nova reunião entre os clubes para o próximo dia 12, no Rio de Janeiro.

A grande divergência entre os dois blocos é a divisão nas receitas dos direitos de transmissão. Os sete clubes, juntamente com a empresa Codajas Sports Kapital, que é a instituição indicada para assumir a Liga quando ela for criada, é que 40% dos valores sejam fixos, 30% variável por performance esportiva e os outro 30% por audiência.

“Eu acho que é injusto, deve ser no mínimo 50% como é nas grandes ligas de futebol pelo mundo”, lamentou Adson Batista sobre a proposta inicial, entendendo que as porcentagens deveriam ser 50-25-25.

“A gente buscar entender melhor, construir algo seguro e pensando no futuro do clube para ter mais igualdade nas divisões de receita”, destacou o presidente rubro-negro.

Apesar de deixar a reunião sem acordo, sem a assinatura de todos e com um novo encontro marcado, Adson se mostra otimista com a implantação de uma nova forma de gerir o futebol brasileiro.

“Acredito que vai avançar, a liga é do interesse de todos. Mas ainda existem muitas situações a serem estudadas, alguns clubes têm que entender que ninguém joga sozinho e que todos os clubes têm a sua importância”, cobrou o dirigente.