Mesmo com o boicote dos jogadores do Trindade no treino da tarde desta quarta-feira e a ameaça de greve, o presidente do clube, Ulcleide de Castro, o Ferruja, promete que o time estará em campo contra o Goiás no próximo domingo. O presidente explicou que tem procurado sanar os problemas e assim, pagar os salários atrasados dos jogadores. Ele alerta que os jogadores são responsáveis por qualquer decisão que aconteça.

“Estou procurando desde segunda-feira, após o jogo contra o Morrinhos, para que a gente possa fazer a nossa parte. Tenho certeza que será cumprido sim, o salário venceu no dia 10, domingo, fiz uma força para pagá-lo na sexta-feira e não teve jeito, vamos procurar sanar isso o mais rápido possível. A decisão e a forma com que os atletas fizeram, eles se responsabilizarão pelas atitudes, eu acho que cada um é responsável pelos seus atos e a diretoria também”, apontou.

Ferruja ressaltou que, caso não consiga pagar a tempo da partida, o Trindade entrará em campo contra o Goiás seja com qualquer condição e irá lutar pela permanência na 1° Divisão. O presidente esclareceu os meses que ainda não foram acertados com os atletas e explica a dificuldade que o Tacão tem tido nesta temporada.

“Temos o mês de Março, que não foi efetuado, nós fechamos a folha no dia 30 de Março para ser pago. Ainda ficou um resíduo, imagino eu que 10% de toda a folha do mês de Fevereiro, que não foi resolvida. Temos uma dificuldade tremenda, nós temos praticamente uma renda zerada em todos os jogos, o atleta não tem culpa disso, mas vira uma reação em cadeia, some patrocinador, some torcedor, conselheiro, e aí complica”, explicou.

Ferruja só não concorda com a forma como os atletas tomaram a decisão de não treinar nesta quarta-feira. Para o presidente, a conversa seria o melhor caminho a ser tomado e não a forma de protesto, como foi feita.

“Dou total razão a atitude dos atletas, desde que fosse uma situação pensada, que fosse conversado. Dentro de uma pressão não se resolve nada, se não for com conversa, não tem condições disso se resolver”, afirmou.