Alegando falta de estrutura e superlotação no presídio de Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, a Justiça liberou cerca de 40 presos somente neste mês. No dia 3 de outubro, um homem suspeito de assassinato e estupro ganhou a liberdade pela situação precária da cadeia, mesmo tendo sido preso em flagrante.

O juiz Carlos Fernandes de Morais tem se apoiado na superlotação e na demora no andamento dos inquéritos policiais para soltar os detentos. O presídio abriga 136 presos, enquanto sua capacidade é de apenas 80.

O Ministério Público Estadual tem criticado a postura do magistrado. Segundo a promotora Michele Martins Moura, a maioria dos presos em outubro foi solta, e que a medida tem gerado a sensação de insegurança na população.

Segundo a promotora, os presos soltos respondem por crimes graves como latrocínio, formação de quadrilha, homicídios qualificados corrupção de menores e outros. Ela garantiu que irá recorrer das decisões judiciais, das quais ela discorda de pelo menos oito.

A Secretaria de Administração Penitenciária e Justiça (Sapejus) admite a falta de estrutura, mas assegura que já foi aprovado o projeto para a construção de um novo presídio na cidade. A nova cadeia terá vagas para 300 pessoas.