Goiás tem a primeira coronel do Corpo de Bombeiros Militar do Estado na história, a mais alta patente da corporação. Trata-se de Aline Chadud Matoso. Contudo, ela revelou ao programa Sagres em Tom Maior, desta sexta-feira (9/7), que ainda não assimilou a conquista da nova patente.
“A gente sempre fica na expectativa. Mas, eu não imaginava a repercussão que teve. É uma satisfação muito grande esse simbolismo, poder ser um exemplo, uma inspiração”, revelou.
Dos 2.580 militares dos bombeiros em Goiás, apenas 264 são mulheres, cerca de 10% do total. Agora, como a primeira coronel da corporação, Aline espera que o fato não sirva apenas como inspiração. “É importante para conscientizar toda a sociedade de que a mulher tem igual capacidade para o trabalho”, afirmou.
Em Goiás, as primeiras mulheres entraram no Corpo de Bombeiros em 2000. Assim, foram 21 anos para ter uma mulher na mais alta patente da corporação. De acordo com Aline, é uma realidade que precisa de mudança. “A gente precisa se organizar. Mostrar dados do desempenho das mulheres dentro da corporação. Assim, provar que temos muito a contribuir”, opinou.
Aline: primeira coronel dos bombeiros de Goiás
Aline é dentista e mãe de dois filhos. A bombeira, de 39 anos, contou que sempre se interessou pela carreira militar, mas não queria deixar a odontologia. Para entrar nos bombeiros, Aline disse que se inspirou no pai, que foi médico da aeronáutica.
“Sempre tive uma admiração muito grande pelo trabalho dos bombeiros. Estamos sempre buscando salvar vidas e ajudar as pessoas. Então foi uma felicidade muito grande essa oportunidade de entrar”, explicou.
De acordo com Aline, o período inicial, uma espécie de estágio dos bombeiros, marcou a trajetória dela. “Depois do estágio, o quadro de saúde assume sua especialidade. Então esse período foi de grande aprendizagem. Também no interior, que fiquei alguns anos em Anápolis, onde vivenciei a rotina da unidade”, revelou.
Junior Kamenach é estagiário do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com IPHAC e a Faculdade UniAraguaia, sob supervisão do jornalista Denys de Freitas.