Os últimos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Justiça Eleitoral e as urnas eletrônicas causaram diversas reações de repúdio ontem na cúpula do Judiciário e em diferentes setores do Ministério Público. O presidente reuniu cerca de 40 embaixadores de diferentes países no Palácio da Alvorada para apresentar o que ele afirma se tratar de provas da ineficácia do sistema de segurança das urnas adotadas nas eleições.
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A suposta prova, porém, corresponde a trechos de um inquérito da Polícia Federal (PF) vazado por ele em 2021, apontando para uma suposta fraude nas eleições de 2018 desmentida pela própria corporação e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Um dos alvos da nova pressão do Judiciário e da oposição é o procurador-geral da República, Augusto Aras, que tem se mostrado alinhado ao presidente em diferentes temas e mais uma vez é cobrado a investigá-lo.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), principal aliado de Bolsonaro no Congresso, seguiu em silêncio sobre os ataques, enquanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG) manteve tom de repúdio às declarações. No Judiciário, o presidente do STF, ministro Luiz Fux, repudiou tentativas de questionamento do processo eleitoral, mas sem citar o nome de Bolsonaro.
Democracia
“Em nome do STF, o ministro Fux repudiou que, a cerca de 70 dias das eleições, haja tentativa de se colocar em xeque mediante a comunidade internacional o processo eleitoral e as urnas eletrônicas, que têm garantido a democracia brasileira nas últimas décadas”, diz nota do STF.
Desinformação
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) assinaram ontem acordo de cooperação para o combate à desinformação durante as eleições de 2022.
Vigência
Com a medida, o Movimento, que é composto por 70 entidades da sociedade civil, passará a fazer parte do programa permanente de enfrentamento à desinformação comandado pelo Tribunal.
Nada a ver
Em contraponto ao apoio de lideranças do MDB de 11 Estados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dirigentes nacionais e estaduais do partido divulgaram manifesto em defesa da pré-candidatura presidencial da senadora Simone Tebet (MDB-MS). O texto é assinado por lideranças e representantes do MDB de 19 Estados, incluindo o presidente nacional do partido, deputado Baleia Rossi, e o líder da sigla em Goiás, Daniel Vilela.
Rachaduras
O manifesto expõe ainda mais as divergências dentro da legenda, que chegará à convenção nacional, no dia 27, dividida. “Em respeito ao povo brasileiro e aos filiados do MDB, nós – defensores de uma alternativa à polarização e ao populismo – ratificamos nosso compromisso de lutar pela eleição de Simone Tebet à Presidência da República”, afirma o manifesto.
Combinado
“Esse compromisso faz jus à decisão tomada, em outubro 2019, em convenção nacional, em favor de uma posição de independência ao atual governo e também o resgate do protagonismo do MDB com seus valores e bandeiras”, define o texto.
Por aqui!
O presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou presença na convenção estadual do PL em Goiás, marcada para o dia 29 de julho, às 18h. Na ocasião, será oficializada a candidatura do deputado federal Major Vitor Hugo a governador e de Wilder Morais ao Senado, assim como a composição completa da chapa a deputado federal e estadual.
Apoio
O anúncio foi feito por vídeo publicado pelo pré-candidato pelo Instagram. No post, o presidente convida apoiadores a participar da convenção. “Compareça! Será motivo de satisfação e orgulho para todos nós”, disse Bolsonaro.
Por setor
O pré-candidato a deputado federal e ex-secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, lança hoje o “PSD Goiás Saúde”. A intenção é posicionar o partido em relação às pautas do tema, como ocorre com os setores “Mulher” e “Juventude”.
