O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, lidera a cúpula internacional sobre o clima. Jair Bolsonaro e chefes de Estado como Vladimir Putin, da Rússia, e Xi Jinping, da China, estão entre os 40 líderes convidados por Biden.

Em discurso nesta quinta-feira (22), o presidente brasileiro afirmou ter determinado a duplicação dos recursos destinados para ações de fiscalização ambiental.

Em seu pronunciamento, Bolsonaro destacou que o Brasil “está na vanguarda do enfrentamento do aquecimento global” e ressaltou que o país participou com menos de 1% das emissões históricas de gases poluentes. “No presente, respondemos por menos de 3% das emissões globais anuais.”

No Sagres Internacional do STM #251 desta quinta-feira (22), o historiador e professor de Geopolítica, Norberto Salomão, avalia o que o Brasil precisa fazer para cumprir as metas da Agenda 2030 da ONU, já prevendo a participação do país na COP26, que acontecerá em novembro deste ano, em Glasgow, na Escócia.

“Primeiro cumprir as metas com as quais se comprometeu; segundo, não ficar fazendo a negação em relação ao aquecimento global. O aquecimento global é real, é verdadeiro. O governo ao invés de fazer investimentos cada vez maiores na Petrobras, deve investir cada vez mais na redução do combustível fóssil, porque a questão é que até 2030 nós não podemos aquecer o planeta mais do que 1,5 grau. E o pior é que 1 grau praticamente já foi. Eu falo que essa meta é praticamente impossível, teríamos que fazer esforços não só aqui no Brasil, no mundo teria que ser feito um esforço que envolver desde a redução de gás carbônico produzido pelas usinas termelétricas, pelo carvão tanto vegetal quanto mineral, pela redução de queimadas, passa também pela modificação na alimentação. A produção de gado contribui muito para a emissão de gases de efeito estufa”, avalia.

A Conferência das Partes ou COP, por sua vez, está dentro um tratado internacional estabelecido pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC), e é a autoridade máxima para a tomada de decisões em relação aos esforços para controlar a emissão dos gases do efeito estufa.

Confira a análise a seguir