Depois de 20 dias de greve e uma semana de ocupação do plenário da Câmara Municipal de Goiânia, o prefeito Paulo Garcia (PT) se reuniu e negociou diretamente com os servidores da rede municipal de educação. Entre as 24 pontos da pauta de reivindicação, o destaque ficou por conta do aumento do auxílio locomoção. Após proposta e contraproposta, foi consensuada a revisão do valor de R$ 200,00 para professores que trabalham 30 horas semanais.

Dois reajustes de 26,5% serão efetivados, o primeiro em janeiro de 2014 e o segundo em 2015, totalizando R$ 320,00 no período de dois anos. No entanto, a prefeitura desconsidera a possibilidade de conceder o benefício também aos servidores administrativos, que já recebem vale transporte.

O secretário de Governo, Osmar Magalhães, explica que um documento será entregue aos grevistas com a resposta do Paço em relação às outras 23 demandas apresentadas. “O movimento apresentou várias demandas. A análise foi feita ponto por ponto e muitos avanços foram conquistados. Agora a prefeitura deve responder oficialmente a esses pontos que foram apresentados e negociados, e deve encaminhar até amanhã cedo a resposta ao movimento,” afirma.

O coordenador do movimento, professor Marcelo Borges, afirma que uma nova assembleia está marcada para a próxima quinta-feira, quando os servidores vão decidir se continuam ou não com a greve e a ocupação da Câmara. “Essa proposta de 26,5% de reajuste em 2014 e 2015 está sendo construída em conjunto. A gota d’água desse movimento está sendo resolvidos. Agora estamos aguardando um documento escrito do prefeito, mas a nossa assembleia continua marcado para quinta-feira (17), às 8 horas, mas se chegar um documento do prefeito em nossas mãos estudamos a possibilidade de realizar uma assembleia extraordinária amanhã (quarta-feira, 16),”  revela.

Por enquanto, a greve dos professores continua e cerca de 70 mil alunos permanecem sem aulas.