Professores da rede estadual de ensino podem entrar em greve a partir do dia 21 de setembro. A categoria pede a saída do Secretário de Educação de Goiás Thiago Peixoto, que o governo do Estado cumpra o pagamento do piso nacional salarial no valor de R$ 1.187,00 e que se melhorem as condições estruturais das escolas.

A vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Alba Lauria, relata ao repórter Samuel Straioto que a greve será o último instrumento a ser adotado pelos professores e administrativos. Segundo ela, foi feito um debate dentro das escolas solicitando audiência com o Secretário Thiago Peixoto para que as necessidades sejam atendidas.

Há poucos dias, em entrevista a RÁDIO 730, o Secretário Estadual de Educação, Thiago Peixoto, explicou que iniciou negociações com o Ministério da Educação para que ajude o Estado a pagar uma complementação para o piso.

“Existe uma meta muito clara de o mais rápido possível pagar piso em Goiás. Estamos em ampla discussão com o MEC para ter apoio para isso. Hoje, para pagar o piso em Goiás, seria necessário 110% de todo o recurso. Não haveria recurso para a merenda, nem para o transporte, e só para o piso”.

O Secretário argumenta que o diálogo foi iniciado há três meses, e que existe a dificuldade de conseguir a complementação para o piso dos professores, pois outros Estados da federação têm o mesmo objetivo.

A presidente do Sintego, Iêda Leal, critica a postura do Secretário Thiago Peixoto em colocar o Ideb na porta das escolas. “Eu gostaria muito que ele usasse a mesma força e capacidade de defender o Ideb na porta da escola para apresentar os números para todos os trabalhadores em educação, de onde que vem esta conta que ele diz que não dá conta de pagar”, declara.