Em assembleia realizada nesta sexta-feira (17), os professores da Universidade de Brasília (UnB) decidiram encerrar a greve da categoria. Segundo a Associação dos Docentes da instituição, as aulas voltarão na segunda-feira (20). A greve durou quase 90 dias e no placar da assembleia, 130 pessoas votaram à favor do fim da paralisação. 115, contra.

Outras instituições que decidiram pelo fim da greve foram a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Instituto Federal de Educação Profissional e Tecnológica do Paraná (IFPR). No campus de Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), os docentes também decidiram pelo fim da greve.

Proposta

A última proposta apresentada pelo governo prevê reajustes que variam entre 25% e 40% para todos os docentes, aplicados de forma parcelada até 2015. A Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), uma das entidades que representam os docentes das universidades federais, aceitou o acordo com o governo.

Entretanto, a maior delas, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), entregou carta nesta quinta (16) à presidenta Dilma Rousseff pedindo a reabertura das negociações. De acordo com o Andes, o reajuste proposto atinge a categoria de forma desigual, causando distorções na carreira.

Em nota, o Ministério da Educação (MEC) reafirmou que as negociações com os sindicatos dos docentes estão encerradas e que não há hipótese de rever o critério da titulação na progressão – professores doutores e com dedicação exclusiva tiveram o maior reajuste. “As tabelas apresentadas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão deixam claro que o governo federal buscou, principalmente, valorizar a titulação e a dedicação exclusiva”, diz o MEC. (Com Agência Brasil)