Grandes obras do cinema clássico são exibidas ao ar livre, e gratuitamente, na Praça Cívica, em Goiânia, em frente ao Cine Cultura, dentro do projeto Cinealmofada. A segunda sessão será neste domingo (29), às 19 horas, com o filme italiano Noites Brancas, de Luchino Visconti e de Suso Cecchi D’Amico. A iniciativa é do Coletivo Cine Cultura, uma entidade sem fins lucrativos, com apoio da Secretaria da Cultura, da Associação Brasileira de Documentaristas – Sessão Goiás (ABD-GO) e do próprio Cine Cultura.

O projeto Cinealmofada estreou no dia 8 de julho e foi um sucesso de público, reunindo cerca de 400 pessoas. A iniciativa surgiu para suprir a ausência do Cinecultura para os amantes da sétima arte, já que o local está em reformas e deve reabrir neste segundo semestre. Segundo a diretora do Cine Cultura, Marcela Borela, “o Cinealmofada contribuiu para o processo de revitalização e mudança de imagem do local, além de atrair mais público ao cinema do Estado”.

A fórmula para esta segunda sessão continua a mesma: um projetor, uma tela, o público e almofadas no chão. Tudo ao ar livre em pleno centro de Goiânia. A simplicidade e a coletividade são as marcas do evento, cuja produção é feita por meio de reuniões do Coletivo Cine Cultura abertas a toda comunidade.

Os filmes da primeira e da segunda exibição foram propostos por uma curadoria e escolhidos por meio de votação aberta na internet, no endereço eletrônico www.facebook.com/cinealmofada. Todas as obras têm classificação indicativa livre, já que são exibidas num espaço público. Para a sessão deste domingo, a votação incluiu, além do eleito Noites Brancas, os filmes Paraíso Infernal, de Howard Hawks; Brinquedo Proibido, de René Clément; Quando voam as cegonhas, de Mikail Kalatozov. A seleção das obras foi feita pelos curadores Rafael Parrode e Getúlio Ribeiro.

Filme
Noites Brancas (Le Notti Bianche, Itália, 1957) é uma adaptação de Luchino Visconti e de Suso Cecchi D’Amico para o conto homônimo de Fiódor Dostoievski. O filme ganhou o Leão de Prata no Festival de Veneza de 1957 e representa marco na carreira do diretor Luchino Visconti, por mesclar realismo e fantasia, no tratamento dado ao espaço cênico e à narrativa, segundo o crítico de cinema Paulo Ricardo de Almeida.

O filme se enquadra nos gêneros de romance e drama. A trama mostra um homem solitário, Mario (Marcelo Mastroiani), que conhece a jovem Natalia (Maria Schell) chorando em uma ponte. Ao longo das noites, Natalia conta a Mario a história de sua paixão por um homem misterioso que hospedou-se na pensão de sua avó, e de como ele a deixou, um ano atrás, prometendo voltar. Encantado com a inocência da moça Mario se apaixona e tenta fazer com que ela esqueça o antigo namorado. (Goiás Agora)