O secretário da Governadoria de Goiás, Adriano da Rocha Lima, informou à Sagres nesta sexta-feira (12) que o estudo de reestruturação do transporte coletivo na região metropolitana vai transformar o atual fundo de ajuda emergencial em uma ajuda definitiva para subsidiar o transporte coletivo e evitar reajustes das tarifas. Segundo o secretário, o custo dessa ajuda será dividido entre o Estado e os três municípios com origem de viagem de ônibus, ou seja, Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo.
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Dessa forma, o custo do subsídio será dividido da seguinte forma: o Estado vai contribuir com 41%, Goiânia com 41%, Aparecida de Goiânia com 9% e Senador Canedo com 8%. Segundo o secretário, a prefeitura de Aparecida não contribuiu com a ajuda emergencial nem participa das discussões do grupo que reúne o Estado e a prefeitura de Goiânia para propor a reestruturação do sistema na região metropolitana. Por isso, Adriano disse que há uma ação judicial em andamento contra a prefeitura da cidade vizinha.
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Questionado se o estudo, que deve ser concluído ainda este ano, visa evitar um aumento de preço ano que vem, o secretário afirmou que não deverá ter aumento na tarifa. “O que está na base de tudo é que não dá para passar o custo do sistema integralmente para o usuário. Então, o estado e os municípios têm que entrar com um subsídio,para que seja dado um equilíbrio econômico. O mecanismo detalhado de cálculo é bastante complexo e nós estamos estudando para chegar a esta fórmula”.
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Sobre a Metrobus, Adriano da Rocha comentou sobre uma possível privatização da empresa. Segundo ele, a companhia dava lucro quando ela operava somente no trecho do eixo Anhanguera. Contudo, com a extensão, fez que a Metrobus estourasse suas contas por conta da quantidade de quilômetros a mais de percorrer.
“Isso torna a empresa muito mais difícil de privatizar. Como você vai privatizar uma empresa que dá prejuízo? Parte deste estudo que está sendo feito envolve a Metrobus, para que ela tenha um cuidado diferenciado. Haverá uma modernização muito significativa em todo o sistema de transportes, tanto nos terminais, como os ônibus”, adiantou o secretário.
Assista à entrevista no Sagres Sinal Aberto I: