Tramita na Câmara Municipal de Goiânia o projeto de Lei que determina cortes na administração municipal, da ordem de R$ 80 milhões por ano. A matéria foi apresentada pelo prefeito Paulo Garcia (PT) na última semana e estabelece redução de 350 cargos comissionados, 20% dos estagiários e extinção de oito secretarias, entre outras medidas para redução das contas.

A oposição na Câmara já considera alterar o projeto para ampliar os cortes ou para manter o que alguns vereadores consideram fundamental no governo. O vereador Virmondes Cruvínel (PSD), por exemplo, acredita que a secretaria de Turismo não deveria deixar de existir. “O complicado é retirar algumas áreas estratégicas, como por exemplo retirar a secretaria de Turismo. A cidade de Goiânia como um polo de evento. É um debate que merece questionamento. Agora muitas secretarias estavam com funções semelhantes, e neste caso cabe cortes para adequar,” defende.

O também opositor, Elias Vaz (PSB), acredita que os cortes propostos não seriam suficientes diante da necessidade da prefeitura. “Primeiro que o prefeito foi responsável pelo inchaço desta máquina. Ele recebeu a prefeitura do ex-prefeito Iris Rezende com 27 secretarias e hoje ele tem 44 secretários. Ele está reduzindo oito, mas ainda é muito além daquilo que ele pegou. Segundo, ele está reduzindo o número de cargo comissionado em uma lei, que o Tribunal de Contas já declarou a fórmula como foi construído os cargos comissionados ilegal,” critica.

Diante dos questionamentos da oposição, a líder do prefeito na Câmara, Célia Valadão (PMDB), garante que vai haver diálogo sobre o projeto, mas defende a aprovação da íntegra do texto. “Sempre há diálogo e discussão. Temos que avaliar bastante a intenção dessas emendas. Não deve apenas ao vereador entender se deve aumentar ou não diminuir o número de cargos. Eu não sou gestora, eu sou procuradora. Eu acredito que esta proposta que está vindo é a mais viável para o momento e vamos trabalhar para que seja na integra aquilo que foi trazido pelo prefeito Paulo Garcia,” adianta.

O projeto de reforma da prefeitura foi lido no plenário da Câmara e passará pela análise da Comissão de Constituição e Justiça da Casa.