GUILHERME SETO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O nome do ex-deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), que liderou as bancadas ruralista e tucana na Câmara, passou a ser discutido entre membros da equipe de transição da chapa Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) para ocupar o posto de ministro da Agricultura.

Leitão é próximo de Alckmin há anos, e membros do governo eleito afirmam à reportagem que a escolha pelo tucano agradaria ao setor agropecuário. Além de ter sido presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, em 2017, ele atualmente comanda o Instituto Pensar Agro e continua a ser uma liderança do grupo.

A escolha por Leitão também poderia ajudar a atrair o PSDB para a base do novo governo, acreditam os aliados de Lula e Alckmin.
Leitão diz à reportagem que é próximo do ex-governador paulista e que o respeita muito, mas que não foi procurado e que prefere não comentar o tema no momento.

Simone Tebet (MDB-MS), Neri Geller (PP-MT) e Carlos Fávaro (PSD-MT), outros três nomes cotados para a pasta, têm sofrido com críticas internas e também do agro nos últimos dias.

A senadora emedebista é vista como uma parlamentar que fez sua carreira distante das entidades de classe do agronegócio. Geller, por sua vez, fica para trás na fila por já ter sido ministro, e Lula tem dito que não repetirá escolhas. A dificuldade para indicar Fávaro vem do fato de que sua vice, Margareth Buzetti (PP-MT), é bolsonarista, e então a indicação do senador para o ministério enfraqueceria a base do presidente eleito no Senado.

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