Depois da queda do governador José Serra (PSDB-SP) na pesquisa Datafolha sobre a sucessão presidencial, a oposição deflagrou movimento para pressionar o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), a disputar o Palácio do Planalto como vice na chapa do tucano.

DEM e PPS estão dispostos a conversar com Aécio Neves e o PSDB na tentativa de convencer o governador mineiro a integrar uma chapa “puro sangue”, o que na avaliação da oposição pode conter o crescimento da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata do PT.

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), admitiu que a demora do partido em definir o seu pré-candidato para a Presidência da República ajudou no crescimento da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) nas pesquisas de intenção de voto para a sucessão presidencial. Guerra disse que, além da demora na definição do candidato, as chuvas que atingiram São Paulo nos últimos dias prejudicaram a imagem do governador do Estado, José Serra (PSDB), que deve formalizar seu nome na disputa até o início de abril.

Além do DEM, o PPS se mobiliza para aprovar manifesto em favor da chapa Serra-Aécio nas eleições de outubro. No manifesto, o PPS afirma que vem defendendo Serra para presidente e Aécio para vice desde o início das articulações para a disputa presidencial. O crescimento de Dilma nas pesquisas fez acender um sinal de alerta nos partidos que apoiam o PSDB na corrida presidencial. Embora oficialmente os tucanos adotem o discurso de que Serra ainda não é candidato e terá chances de crescer até outubro, nos bastidores reconhecem que a demora na definição da candidatura pode trazer prejuízos na disputa.

Contudo, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), voltou a negar a possibilidade de ser candidato a vice-presidente em uma chapa encabeçada pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB) – a chamada chapa puro-sangue.  Perguntado se não teme ser responsabilizado por uma eventual derrota de seu partido nas próximas eleições, Aécio se mostrou irredutível.  O tucano também disse não acreditar que o resultado da última pesquisa Datafolha possa fazer com que Serra desista de ser o candidato do partido à Presidência.

Como termina no início de abril o prazo para que candidatos deixem os cargos no Executivo, Serra terá que definir sua situação até o final deste mês. Dentro do PSDB, há pressão de vários tucanos para que o governador decida o seu destino político. O presidente do partido, Sérgio Guerra (PE), já declarou que Serra anunciará sua pré-candidatura no fim de março, mesmo com as negativas públicas do governador.