Manter a saúde mental durante a quarentena pode parecer difícil. A pandemia tem gerado ansiedade e medo, pelo risco de contaminação, isolamento, desemprego e incerteza sobre o futuro. Em entrevista ao Tom Maior da SagresTV, a psicóloga e psicoterapeuta Bibiana Brito recomenda a realização de mandalas terapêuticas para passar esse período. Ela explicou a origem da mandala e como a técnica pode agir de forma terapêutica no dia-a-dia.

“A mandala é algo muito antigo, é de ordem milenar, séculos atrás no oriente já se trabalhava com mandalas. Mandala é uma palavra que vem de um dialeto sânscrito, que quer dizer círculo. Tradicionalmente, ela contêm uma estrutura de circulo e de quadrado, um quadrado dentro do circulo ou circulo dentro do quadrado. Isso vale para estruturas arquitetônicas, como: templos, igrejas, tribos e edificações com materiais artísticos a serem modelados”, explica.

Apesar de parecer complexo, Bibiana afirmou que a mandala é bem simples. “Vários materiais que podem ser utilizados, como: lã, linha, pedrinhas, colagens e etc. Existe uma gama muito diversificada, na utilização das mandalas terapêuticas, a gente usa muito papel, um papel mais resistente, alguns para nível não terapêutico, aquarela, canetinhas, vários lápis são utilizados. No trabalho psicoterápico, a gente usa um papel simples, quadrado e giz pastel a olho.”

A psicóloga ressalta a importância de colocar os sentimentos para fora, de maneira não verbal, e qualquer pessoa que está em casa pode pintar uma mandala, usando desse recurso como terapia. “De alguma forma estamos vivendo o momento do inesperado, momento da incerteza, e a nossa expressão nós não sabemos o que vai sair, mais o grande beneficio é aquilo que vai sair. A mandala esta ali como forma de esvaziamento ou de uma tentativa de se organizar diante do caos que está instalado. É muito útil fazer uma mandala em casa, nesse momento, tem essa utilidade de expor as emoções pela via não verbal, deixar que essas emoções tenham uma fluidez.”

Confira no vídeo a seguir como fazer a mandala

Para finalizar, a psicóloga deu dicas de como agregar a mandala à rotina das crianças.  “Todos podem se reunir em uma sala, em uma mesa, e cada um construir a sua mandala, trazer para a mesa todo o material da casa, canetinhas, lápis de cor, giz de sera e expressar o seu dia, o que viveram na semana. Pode, também, eleger um tema familiar para ser trabalhado e ali pode se perceber até similaridade do que a família esta vivendo, do conteúdo emocional que esta pertinente aquela família naquele exato momento de historia vivida, é uma dica excelente”, relata.

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