Em tempos de pandemia, a população mundial foi submetida ao isolamento, para evitar assim, a propagação do novo coronavírus. Dessa forma, com meses de reclusão e sem poder realizar a maioria das atividades do dia-a-dia, os níveis de estresse, ansiedade e nervosismo aumentaram. Para falar sobre isso, o psicólogo Flávio Clímaco foi o convidado do Sagres em Tom Maior, desta quarta-feira (23), conhecido também como Dia Mundial do Combate ao Estresse.

“O estresse não é de todo ruim, às vezes nos deixa em alerta quando nos sentimos ameaçados. Quando situações surpreendentes acontecem, estando em nível de estresse você tira força, tira algo que normalmente não tem”, salientou.

Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostrou que 51% dos brasileiros responderam ter  alterações no controle de estresse neste momento de pandemia. Por outro lado, pelos espanhóis, a taxa foi de 34%. A Universidade de Valencia também foi parceira na pesquisa, que juntou 22 mil respostas.

De acordo com a coordenadora do curso de Psicologia da Anhanguera de Anápolis, Roberta Cristina de Sousa, certos níveis de estresse são normais para o ser humano, mas deve haver cuidado quando relacionado a algum tipo de trauma. Ou seja, quando trazem algum sintoma que cause sofrimento ou perda de liberdade.

“No dia-a-dia, você precisa observar quais estímulos externos te ajudam a relaxar. Às vezes uma luz, uma música mais suave, o cheiro do café para algumas pessoas”, disse o psicólogo.

Boa relação com as pessoas, não ingerir tabaco e ter um estilo de vida saudável, ajudam na diminuição do estresse.

Estratégias para combater o estresse

  • Encontrar novos sentidos no mundo moderno – a melhor saída para o trauma é a possibilidade de encontrar novos sentidos;
  • Ficar alerta aos sintomas – ansiedade, depressão, pensamentos que trazem angústia e perturbação do sono;
  • Avaliar a vida e combater na prática – se perguntar se algo está bom ou não, se está ao seu alcance. Identificar pessoas e situações que te deixe estressado (a). Enfim, se afastar dessas situações;
  • Compartilhar o que está vivendo – o sofrimento, se partilhado, tem potencial de mudança;
  • Procurar um profissional – se a situação for recorrente, a ajuda de um profissional é a mais adequada.