Tornar-se adulto é acreditar que a infância ficou para trás. No entanto, cada um, independente da idade, carrega consigo a sua criança interior, que é aquela parte infantil que representa a capacidade de inocência, admiração, alegria, sensibilidade e diversão.

Mas, a poucos dias do Dia das Crianças, como cuidar, abraçar e conectar com sua criança interior? O psicólogo Flávio Clímaco, em entrevista à Sagres TV nesta quarta-feira (7), explica um pouco dos sinais que cada um apresenta com o passar dos anos até chegar à fase adulta em relação a essa criança interior.

“Parece que o nosso cotidiano, a nossa cultura vai cortando um pouco essas características. Como seria interessante chegar no trabalho cantando, se estiver triste e puder chorar. O que acontece que é a gente vai crescendo e de alguma forma nos ensinam que é feio chorar, que é feio ficar triste. Então parece que a gente tem que ser sério e responsável o tempo todo e isso perde também do nosso brilho”, afirma.

Segundo Flávio Clímaco, outro sinal de que a criança interior pode ter ficado no esquecimento é na maneira como cada um se expressa ao atingir a fase adulta.

“Nós adultos, quando acontece alguma coisa, a gente não expressa, não resolve. A gente guarda aquilo e carrega isso. Isso representa um pouco da nossa criança ferida”, pondera.

Segundo o psicólogo, leveza e inocência ao falar ou evitar palavras que tornem difícil um simples desabafo podem ajudar. Simplicidade no discurso pode ser o despertar da criança interior. Para Flávio Clímaco, não há hora nem lugar para nutrir a infância que existe dentro de cada um.

“Colocar uma música em um volume mais alto, dançar, brincar com seu filho, preparar um prato diferente, fazer um telefonema a um amigo que não vê faz anos. Isso é nutrir a sua criança interior é um bom começo”, conclui.

Confira a entrevista no Sagres em Tom Maior #114