O Psol realiza neste sábado (16) a Convenção para escolha do candidato que disputará as eleições em Goiânia. O vereador Elias Vaz, antes sozinho na sigla, agora disputa a cabeça de chapa com o advogado e auditor da Controladoria Geral da União, Gilberto Ricardi.
Elias afirma que detém a maioria dentro do Partido, em torno de 70%, e assegura que seu nome possui mais densidade dentro da agremiação, mas, respeita os membros que decidiram lançar o nome de Gilberto na disputa.
O vereador relata que há um debate entre os membros em relação às alianças com outros partidos. De um lado, filiados defende que só deve haver acordos com o PCB e PSTU, mas, o parlamentar considera um equívoco, para ele, esse tipo de decisão restringe o processo.
Segundo Vaz, é preciso que Goiânia tenha uma alternativa para contrapor a política imposta por PT/PMDB e PSDB e seus aliados. Elias volta a criticar a prefeitura devido o não cumprimento do Plano Diretor e as obras do Parque Mutirama, que motivou grandes partes das denúncias.
Sobre as citações nos áudios da Operação Monte Carlo, o parlamentar volta a dizer que contrariou os interesses de Carlos Cachoeira e já se dispôs para depor na CPI do Congresso Nacional, mas não houve interesse dos membros.
Do outro lado do Psol, está o advogado Gilberto Ricardi, que iniciou a militância ainda no movimento estudantil. Ricardi faz parte da ala que não está convencida com as explicações do vereador Elias Vaz.
Para Gilberto as citações em que o parlamentar aparece trouxeram desgastes para o Partido. “Fomos pegos de surpresa com diálogos que demonstram uma certa proximidade do vereador com o Carlos Cachoeira”. De acordo com ele, na política partidária é inadmissível que um vereador de esquerda tenha qualquer tipo de relação com alguém que pratique tráfico de influência ou use a máquina pública com interesses escusos.
“Ainda que o vereador diga que contrariou os interesses do Carlinhos Cachoeira, mas na verdade quando a gente escuta atentamente os diálogos, percebemos que eles tem até certa intimidade. O vereador chegou a ligar pro Carlinhos Cachoeira o chamando de companheiro para dar a notícia de uma ação que ele tinha obtido êxito”, diz o socialista.
Ricardi acredita que as eleições de 2012 serão pautadas nos desdobramentos da Operação Monte Carlo, com isso, defende que Elias Vaz retire a pré-candidatura.