Uma decisão judicial pegou de surpresa os torcedores esmeraldinos nesta sexta-feira (03). Syd de Oliveira Reis, que havia sido suspenso por decisão do Conselho Deliberativo, conseguiu uma liminar na justiça comum e pode voltar à presidência do clube. Em entrevista à RÁDIO 730, Marcelo Segurado, diretor superintendente do alvi-verde, definiu o momento como decepcionante.

“Foi uma frustração para os funcionários, jogadores e a torcida como um todo. Nós achávamos que, desde quarta-feira começaríamos a trilhar um caminho de estabilidade e tranquilidade, mas infelizmente mais uma vez estamos discutindo questões que fogem do contexto esportivo e isso é muito ruim”, lamentou.

No entanto, segundo ele, até o momento o comando do clube segue inalterado, pois o atual presidente, Hailé Pinheiro, ainda não foi notificado oficialmente da decisão. Para Segurado, com Hailé, o ambiente no esmeraldino já era outro.

“O semblante dos funcionários era totalmente diferente e você podia perceber uma euforia e animação com uma perspectiva de estabilidade”, descreveu.

O superintendente admite que, com a crise atual, o trabalho fica complexo e difícil. Na avaliação dele, “algumas pessoas” tinham que ter um tempo para parar e pensar. “Os funcionários não querem. Os jogadores não querem. Pelo bem do Goiás, isso tinha que acabar”, disse.

Granada

Conselheiro do clube e ex-vice presidente, Alexandre Iunes também comentou a situação em entrevista à RÁDIO 730. Ele garantiu que o conselho deve tomar as medidas cabíveis para tentar reverter a decisão judicial. “Vamos avaliar o caminho a ser adotado para minimizar o desgaste que isso pode gerar ao clube”.

Na avaliação dele, o clube está em um processo de amadurecimento e o Conselho Deliberativo não está sendo omisso. “Essa reação que foi a dotada está servindo inclusive para unir. Vários conselheiros estão preocupados”, relatou.

“Essa tomada de decisão foi justamente uma medida extrema para tentar a reversão. Hoje, infelizmente, o Goiás é uma granada que arrancaram o pino e está prestes a estourar. Houve a minha renúncia e a do Macalé (vice-presidentes) para permitir que a única pessoa que tem condições de assumir o clube pudesse enfrentar isso, disse, referindo-se à Hailé Pinheiro.